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“Web Summit é um orgulho europeu”. Ursula von der Leyen diz que pandemia acelerou inovação

A presidente da Comissão Europeia acredita que a Europa tem condições para ser tornar “líder global” na transformação digital e garante que recuperação económica terá a digitalização como um dos pilares principais.
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2 Dezembro 2020, 12h42

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, referiu-se esta quarta-feira à Web Summit como “um orgulho europeu” e disse acreditar que 2020 poderá ficar marcado pela aceleração da digitalização da economia. Ursula von der Leyen considera que a pandemia serviu de “catalisador” para a inovação e que a União Europeia (UE) tem condições para ser tornar “líder global” na transformação digital.

“A Web Summit é um orgulho europeu e dá-me esperança de que de os anos 2020 possam ser a nossa década digital”, disse Ursula von der Leyen, na abertura da edição deste ano da Web Summit (que decorre apenas online), agradecendo aos “pioneiros e evangelistas da tecnologia” que permitiram a digitalização dos serviços e a realização de eventos, como a Web Summit, em segurança em tempo de pandemia.

A presidente do executivo comunitário revelou ser “uma otimista em relação à tecnologia” e disse que o impacto da chamada “tecnologia profunda” na vida dos cidadãos é “mais visível do que nunca” devido à Covid-19.

“Por causa da pandemia, vimos anos de inovação e digitalização no espaço de apenas algumas semanas. Empresas de todos os tipos digitalizaram todas ou parte de suas operações, da produção às vendas e atendimento ao cliente. E graças a isso, eles estão a sobreviver. Pessoas que nunca tinham pedido uma pizza online, agora acostumaram-se com todos os tipos de serviços online”, referiu.

Só em 2020, os dados da Comissão Europeia mostram que o valor das empresas europeias de tecnologia aumentou quase 50% e o setor “está a atrair mais capital de risco internacional do que nunca”. Ao mesmo tempo, a aposta nas startups da Europa continua a crescer. Segundo Ursula von der Leyen, “a pandemia foi um catalisador e um acelerador de mudanças”, mas parte dessas tendências “já eram visíveis há algum tempo”.

“Nos últimos cinco anos, o valor das empresas europeias de tecnologia quadruplicou. A Europa tem o maior número de cientistas de inteligência artificial, que publicam estudos nas melhores revistas do mundo. E há mais pessoas a desenvolver software aqui do que nos Estados Unidos”, notou, sublinhando que “a Europa tem todo o potencial para ser líder global na próxima onda de transformação digital”.

Ursula von der Leyen chamou, no entanto, à atenção para o facto de a Europa estar “a avançar abaixo do seu peso” devido a “obstáculos” que concorrentes noutras partes do mundo não enfrentam, como a complexidade regulatória e as barreiras burocráticas.

Para contornar isso, a Comissão Europeia vai investir num plano de recuperação, chamado Next Generation EU, no valor de 750 mil milhões de euros, 20% dos quais destinados à digitalização. “O NextGeneration EU ajudará as pequenas empresas a incorporar as tecnologias mais recentes que já estão disponíveis no mercado”, garantiu.

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