“Vejo aqui a acontecer muitas coisas que também o Governo de Portugal já fez em anos mais recentes”, afirmou à Lusa Artur Pereira, no ultimo dia da segunda edição da Web Summit na ‘cidade maravilhosa’.
Na opinião do diretor-geral da empresa para Portugal e Brasil o exemplo de Lisboa não serviu apenas para o Rio de Janeiro, “mas também para muitas outras cidades”, como na capital do Catar, Doha, “onde foram anunciadas medidas por parte do Governo que já tinham sido anunciadas por Portugal”, como a criação de hubs e fundos de investimento destinados à melhoria do ambiente económico de investimento para startups.
“Aqui no Rio de Janeiro a experiência portuguesa já era bem conhecida”, disse, referindo-se ao “sucesso da cidade de Lisboa e de Portugal na área da tecnologia”.
Artur Pereira referia-se às recentes criações do hub de inovação e tecnologia na região do Porto e do primeiro curso de graduação do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA).
“No fundo é o espelho do que já aconteceu na cidade de Lisboa. Juntar universidade com empresas da área de inovação, que faz lembrar a Fábrica de Unicórnios na cidade de Lisboa”, detalhou.
Sobre a presença das 31 ‘startups’ portuguesas, Artur Pereira sublinhou que existe “um potencial enorme, não só no Brasil, mas na América Latina”
“O Brasil é uma excelente porta de entrada com muita coisa a acontecer na área da inovação”, concluiu.
O Riocentro, realizado na Barra da Tijuca, que termina hoje, recebeu mais de 30.000 participantes, de pelo menos 100 países, mais de 1.000 ‘startups’, cerca de 600 investidores e 600 oradores, numa estrutura apoiada por mais de 210 parceiros e 400 voluntários, de acordo com a organização.
Do lado português, estão presentes 31 ‘startups’ ligadas a áreas de soluções de ‘software’, metaverso, inteligência artificial e ‘blockchain’, entre outras, numa participação recorde.
Na edição anterior, 25 ‘startups’ portuguesas participaram no evento, sendo a segunda maior delegação estrangeira logo atrás dos Estados Unidos.
Cabo Verde é outro dos países lusófonos representados, com três ‘startups’ a participarem no evento que decorre de 15 a 18 no Rio de Janeiro.
O evento tecnológico, que nasceu em 2010 na Irlanda, passou a realizar-se na zona do Parque das Nações, em Lisboa, em 2016 e vai manter-se na capital portuguesa até 2028. A empresa registou também, além do Rio de Janeiro, uma expansão para o Médio Oriente, com a Web Summit Qatar que se realizou no início de 2024.
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