O fundador do Wikileaks, Julian Assange, teve a sua permissão negada para recorrer da decisão do Tribunal Supremo de Londres de extraditá-lo para os Estados Unidos, avançou a “Reuters”, esta segunda-feira.
As autoridades norte-americanas querem que Assange seja julgado por 18 acusações relacionadas com o processo WikiLeaks que resultou na divulgação de mais de 500 mil documentos militares secretos relacionados com as guerras do Iraque e Afeganistão. Se for considerado culpado, Assange pode ser condenado até 175 anos de prisão.
A decisão de extradição precisa de ser ratificada pela ministra da Administração Internal Priti Patel, após a qual Assange pode tentar contestar a através de revisão judicial, ou seja, a análise da legitimidade da decisão de um órgão público.
Em dezembro, o Supremo Tribunal de Londres revogou a decisão de um tribunal de que Assange não devia ser extraditado devido aos problemas de saúde mental, argumentado que o fundador do Wikileaks estaria em risco de suicídio.
Os juízes do Supremo Tribunal recusaram-lhe a permissão para um recurso direto, deixando a decisão com o próprio Supremo Tribunal sobre se deveria ou não ouvir a contestação de Assange.
“O pedido foi recusado pelo Supremo Tribunal e a razão apresentada é a de que o pedido não levantou uma questão de direito discutível”, disse um porta-voz do Supremo Tribunal.
Assange está detido em prisão preventiva numa prisão de alta segurança em Londres desde 2019, por não cumprir a fiança num caso anterior em que estava acusado de agressão sexual na Suécia.
O caso foi arquivado mas ele não foi libertado da prisão, alegando que havia um risco de fuga no caso de extradição dos Estados Unidos.
A noiva de Assange, Stella Moris, anunciou este fim de semana que o casal se vai casar a 23 de março.
Anteriormente, as autoridades do Reino Unido já deram permissão para o casal se casar na prisão de Belmarsh.
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