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Xi diz que China e Rússia devem continuar a reforçar coordenação internacional

O chefe de Estado chinês disse que Pequim e Moscovo vão implementar em 2025 “uma série de agendas importantes” e pediu ainda a manutenção de “uma comunicação estreita a todos os níveis”.
1 Março 2025, 15h19

O líder chinês, Xi Jinping, disse que a China e a Rússia devem continuar a reforçar a coordenação em assuntos internacionais e que os dois países são “verdadeiros amigos”, avançou a imprensa estatal chinesa.

Xi falava num encontro com o secretário do Conselho de Segurança russo, Sergei Shoigu, em Pequim, na sexta-feira.

O chefe de Estado chinês disse que Pequim e Moscovo vão implementar em 2025 “uma série de agendas importantes” e pediu ainda a manutenção de “uma comunicação estreita a todos os níveis”.

Xi recordou que falou duas vezes este ano com o homólogo russo, Vladimir Putin, a última das quais esta semana.

O líder chinês apelou ainda à maximização do papel do grupo BRICS de economias emergentes e da Organização de Cooperação de Xangai, dois blocos dos quais a China e a Rússia são membros.

Shoigu disse que a Rússia “aprecia muito os esforços contínuos da China para promover uma resolução pacífica para a crise ucraniana”, mas a imprensa chinesa não indicou se Xi fez alguma menção ao processo de paz na Ucrânia.

As declarações foram publicadas horas depois de um confronto verbal na Casa Branca entre o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o homólogo norte-americano, Donald Trump.

De acordo com a agência de notícias oficial Xinhua, o enviado russo disse que a aliança entre a China e a Rússia “desempenha um papel significativo no mundo e constitui um modelo para as relações entre potências”.

Shoigu disse ainda que a relação entre os dois países “não visa terceiros”.

Antes de se encontrar com Xi, Shoigu manteve conversações com o Ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, referiu a agência oficial russa Tass.

“Rússia e China têm abordagens coerentes para os principais problemas internacionais e regionais”, sublinhou Shoigu, de acordo com um vídeo publicado pela Tass.

Shoigu afirmou que se deslocou a Pequim “a pedido do Presidente russo, Vladimir Putin, na sequência da sua conversa por telefone com o Presidente chinês, Xi Jinping”, sem dar mais pormenores.

“O facto de termos conseguido organizar o nosso encontro num prazo tão curto demonstra a natureza especial do diálogo bilateral”, sublinhou Sergei.

A visita do antigo ministro da Defesa russo surge após uma conversa entre Xi e Putin, na segunda-feira, durante o qual o líder chinês elogiou os “esforços positivos de Moscovo para desanuviar” a crise ucraniana.

Moscovo e Pequim reforçaram os laços militares e comerciais desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, embora a China procure apresentar-se como neutra no conflito de três anos.

Pequim continua a ser um aliado político e económico de Moscovo e nunca condenou a operação militar na Ucrânia.

De acordo com a imprensa russa, Shoigu “vai discutir questões de segurança bilaterais, bem como problemas internacionais e regionais, com altos dirigentes chineses”.

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