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Zuckerberg tentou persuadir legisladores australianos a recuarem com as novas regras de media

A Austrália pretende introduzir uma lei que forçará o Facebook, a maior rede social do mundo, e o gigante de pesquisas na Internet, Google, a negociar pagamentos para empresas de media cujo conteúdo direcione tráfego para os seus sites.
  • 5. Mark Zuckerberg
31 Janeiro 2021, 10h34

O presidente executivo da Facebook, Mark Zuckerberg, ligou para os legisladores australianos no sentido de discutir as novas regras que obrigarão as gigantes da internet a pagarem às agências de notícias pelo conteúdo. A chamada revelou-se infrutífera depois do tesoureiro do país confirmar que as novas regras vão mesmo avançar, segundo a “Reuters”.

Numa conversa com o tesoureiro australiano, Josh Frydenberg, e com o ministro das telecomunicações do país, Paul Fletcher, o presidente executivo do Facebook abordou a introdução das novas regras, no sentido de tentar inverter as intenções australianas, sem sucesso.

“Não, Mark Zuckerberg não me convenceu a recuar se é isso que você está a perguntar”, disse Frydenberg ao “Australian Broadcasting Corp”, sem revelar mais detalhes sobre a reunião.

Por sua vez, uma porta-voz do Facebook na Austrália disse que os executivos da empresa reúnem regularmente com partes interessadas do governo sobre uma variedade de tópicos, afirmando que “estamos ativamente a conversar com o governo australiano com o objetivo de chegar a uma estrutura viável para apoiar o ecossistema de notícias da Austrália”, disse ela.

A Austrália pretende introduzir uma lei que forçará o Facebook, a maior rede social do mundo, e o gigante de pesquisas na Internet, Google, a negociar pagamentos para empresas de media cujo conteúdo direcione tráfego para os seus sites. Se as partes não chegarem a um acordo sobre os pagamentos, será nomeada uma entidade arbitrária encarregue de definir as taxas a pagar.

Facebook e Google opuseram-se ao “Código de Negociação da Media de Notícias” e montaram campanhas públicas contra o mesmo. A Google ameaçou remover o seu motor de busca da Austrália, enquanto o Facebook avisou que iria impedir os australianos de partilhar notícias no site se as novas regras forem aprovadas.

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