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BNI vai financiar cursos de programação tecnológica dados pela Academia do Código

A parceria pretende para responder à elevada taxa de desemprego qualificado e à considerável oferta de emprego nas áreas de Tecnologias de Informação com a missão de, até 2020, requalificar e alocar 10.000 candidatos ao mercado de trabalho.
Foto cedida
21 Fevereiro 2018, 19h34

O BNI lançou uma parceria com uma start-up da área da formação, a Academia do Código.

Esta parceria é para formar programadores de Tecnologias de Informação. Este projecto pretende converter desempregados ou profissionais de outras áreas em programadores.

O papel do banco é o de financiador dos cursos.

“Esta parceria permitirá oferecer um curso intensivo de código de 14 semanas, associado a uma solução de crédito com condições especiais de pagamento, e tornar possível o ingresso nesta formação a todos os interessados que, por limitações financeiras, não têm oportunidade de o fazer”, diz o banco em comunicado.

“Neste momento, estão abertas inscrições para 60 vagas distribuídas pelos 3 novos bootcamps a decorrer em Lisboa, no Fundão e na Ilha Terceira”, avança ao BNI.

Segundo João Magalhães, cofundador da <Academia de Código_>, “A parceria com a Puzzle, por enquanto apenas aplicável ao curso de Lisboa, vem permitir, que as portas do bootcamp se abram a qualquer pessoa que tenha vontade de se converter num programador, com um emprego garantido.”

O banco acordou a disponibilização de uma solução de financiamento Puzzle com taxas bonificadas, maturidades longas e um período de carência de capital que permite que os formandos só iniciem a liquidação do crédito após o terem terminado o curso, que tem a duração de 4 meses, e quando já estiverem no mercado de trabalho.

O Puzzle é a marca de um crédito totalmente online de aprovação quase imediata, que abrange valores entre 300 euros a 3.000 euros.

Segundo a <Academia de Código_> a taxa de empregabilidade dos seus cursos situa-se já nos 96%.

A parceria pretende para responder à elevada taxa de desemprego qualificado e à considerável oferta de emprego nas áreas de Tecnologias de Informação com a missão de, até 2020, requalificar e alocar 10.000 candidatos ao mercado de trabalho e combater a iliteracia digital em Portugal.

Pedro Pinto Coelho, Presidente Executivo do Banco BNI Europa, refere no comunicado que “o banco tem apostado firmemente no desenvolvimento de parcerias com start-ups focadas no apoio à inovação e esta colaboração com a <Academia de Código_> permite, não só continuar a seguir esta linha estratégica, como aliar uma vertente de apoio social, facilitando o acesso a este curso intensivo e contribuindo para o desenvolvimento do conhecimento digital em Portugal.”.

O BNI Europa sofreu um recente revés. O Banco de Portugal travou o crédito Cereja do Banco BNI Europa, um crédito que foi desenhado para ser destinado a clientes com mais de 65 anos, com casa paga (hipoteca), que era dada como garantia do empréstimo.  A notícia foi avançada pelo Público. Era o chamado crédito inverso (ou hipoteca inversa) que permitia que a pessoa conseguisse aceder a alguma liquidez por conta da hipoteca do imóvel sem ter, forçosamente, de se desfazer dele. Era um crédito hipotecário de longo prazo em que o cliente recebe em vez de pagar. “A comercialização deste produto foi suspensa dado o Banco de Portugal ter exigido que o mesmo tivesse legislação própria”, disse ao jornal diário o BNI Europa.

O banco esclarece, no entanto, que “o produto não chegou à fase de comercialização pelo que não há clientes lesados”.

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