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“e-Toupeira”: Paulo Gonçalves sai em liberdade, mas proibido de contactar arguidos

O assessor jurídico do Benfica, Paulo Gonçalves, ficou esta quarta-feira proibido de contactar com os outros arguidos do processo “e-Toupeira”, de acordo com o despacho da juíza Cláudia Pina. O outro detido no processo, José Silva, funcionário do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, a trabalhar no departamento de informática dos tribunais de […]
7 Março 2018, 22h41

O assessor jurídico do Benfica, Paulo Gonçalves, ficou esta quarta-feira proibido de contactar com os outros arguidos do processo “e-Toupeira”, de acordo com o despacho da juíza Cláudia Pina.

O outro detido no processo, José Silva, funcionário do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, a trabalhar no departamento de informática dos tribunais de Fafe e Guimarães, está indiciado por corrupção passiva e ficou em prisão preventiva.

Na terça-feira, a Polícia Judiciária deteve José Silva e Paulo Gonçalves, assessor jurídico do Benfica, no âmbito da “Operação e-Toupeira”, que investiga suspeitas dos “crimes de corrupção passiva, corrupção activa, violação do segredo de justiça, favorecimento pessoal e falsidade informática”, segundo informou a Procuradoria-geral Distrital de Lisboa.

A “Operação e-Toupeira” foi feita através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) e no âmbito de um inquérito que corre termos no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.

As autoridades perseguem a comprovação de indícios da “prática de acessos por funcionários a diversos inquéritos em segredo de justiça para obtenção de informação sobre diligências em curso, informações que eram depois transmitidas a assessor da administração de uma sociedade anónima desportiva a troco de vantagens”, segundo a rocuradoria-geral Distrital de Lisboa.

Na terça-feira, foram cumpridos seis mandados de buscas domiciliárias, um “mandado de busca a gabinete de advogado” – no caso, Paulo Gonçalves – e 21 mandados de buscas não domiciliárias. Em comunicado, a Polícia Judiciária (PJ) informa que a operação envolveu cerca de 50 elementos da PJ – incluindo inspetores e peritos informáticos –, um juiz de instrução criminal e dois procuradores-adjuntos do Ministério Público. Foram realizadas 30 buscas nas áreas do Porto, Fafe, Guimarães, Santarém e Lisboa, “que levaram à apreensão de relevantes elementos probatórios”, refere.

Além de Paulo Gonçalves, foi também detido um funcionário do Instituto de Gestão Financeira de Equipamentos e da Justiça (IGFEJ) e constituídos diversos arguidos, em número que não foi possível confirmar.

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