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“Estamos completamente focados na Global Media”

Grupo macaense KNJ, liderado por Kevin Ho, está a negociar compra de 30% da empresa dona do DN, JN e TSF.
3 Outubro 2016, 16h52

A empresa macaense KNJ Investment está em negociações para a compra de uma participação na Global Media, proprietária do DN, do JN e da TSF. Em entrevista ao Jornal Económico, Paulo Rego, mediador da operação, defende que a entrada dos chi­neses vai permitir à Global Media ganhar fôlego para investir em novos mercados.

O grupo KNJ é liderado pelo empresário Kevin Ho, familiar do antigo chefe do governo de Ma­cau, Edmundo Ho. Tal como avançou recentemente o Expresso, foi o jornalista português Pau­lo Rego, antigo diretor-adjunto da Agência Lusa e fundador e atual diretor do semanário bilingue Plataforma Macau, quem fez a aproximação entre o grupo chinês e a Global Media, servindo de mediador deste negócio transcontinental.

“Nesta altura, estamos completamente focados e toda a nos­sa energia está na Global Me­dia. Preocupa-nos, isso sim, que a Global Media possa organizar-se e reunir condições para crescer noutros mercados e pa­ra outras áreas de negócio”, frisou Paulo Rego em declarações ao Jornal Económico (ver entrevista ao lado).

Segundo o Expresso, a operação terá lugar no início do próximo ano e será realizada com um aumento de capital de entre 15 e 20 milhões de euros. A KNJ ficará com 30% do capital da Global Media, assumindo a posição de prin­cipal acionista. O empresário angolano António Mosquito e Joaquim Oliveira deverão reduzir as respetivas participações dos atuais 27,5% para cerca de 20%, enquanto Luís Montez passará dos atuais 15% para 10%.

“Há uma profunda reconversão a fazer”

Sem confirmar o investimento previsto – “a negociação está a cumprir o seu caminho mas ainda não está fechada”, esclareceu -, Paulo Rego enalteceu o ‘turnaround’ operacional e financeiro levado a cabo pela gestão da Global Media, nos últimos anos.

“É claramente meritória, a reestruturação financeira da Global Media. Proença de Carvalho [’chairman’] e Vitor Ribeiro [CEO] são as faces mais visíveis de um trabalho que naturalmente envolveu muita gente, desde a banca, passando por todos os acionistas e pela comissão executiva, mas também todas as direções do grupo, com natural destaque para as áreas editoriais, porque se trata de um grupo de media”, afirmou Paulo Rego.

“Dito isto, o que verdadeiramente nos une a todos é a consciência de que há uma profunda reconversão a fazer para que se cumprem os objetivos que estamos nesta altura a negociar”, acrescentou o empresário e jornalista luso-macaense.

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