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Receitas da dona do MEO cresceram 11,6% até ao final de setembro

A Altice Portugal registou receitas de 2,15 mil milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, ao passo que o EBITDA cresceu 13,5% em termos homólogos, para 781 milhões de euros. Operadora explica melhoria dos resultados com o crescimento da base de clientes e com níveis historicamente baixos de desligamentos, sobretudo no fixo. EBITDA menos CAPEX dispara 40,3% no terceiro trimestre, numa altura em que se fala da eventual venda total ou parcial da unidade portuguesa da Altice.
21 Novembro 2023, 12h04

As receitas da Altice Portugal tiveram um crescimento homólogo de 11,6% nos primeiros nove meses do ano, para 2,15 mil milhões de euros, anunciou hoje a operadora de telecomunicações liderada por Ana Figueiredo. No mesmo período, o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) cresceu 13,5% para 781 milhões de euros.

Segundo a empresa dona do MEO, o crescimento das receitas deveu-se ao aumento da base de clientes, à diversificação do portfólio de produtos e serviços e ao investimento nas redes da empresa, tanto em termos de infraestruturas como no reforço da qualidade do serviço. O crescimento líquido da base de clientes explica-se também pelo facto de se terem registado níveis historicamente baixos de desligamentos, adiantou.

Até ao final de setembro, e em comparação com os números registados um ano antes,  a operadora aumentou a base de clientes de serviços fixos em 4,7%, com o número de subscritores de televisão por subscrição (pay tv) a aumentar em 3,6%.

A empresa, que está integrada no grupo francês Altice, não divulga o resultado líquido nem a restante demonstração de resultados da operação em Portugal.

EBITDA dispara numa altura em que venda da empresa é falada no mercado

Entre julho e setembro, a Altice Portugal registou receitas no valor de 742 milhões de euros, mais 9,1% que no mesmo trimestre de 2022, com esta subida a ser suportada sobretudo pelo área de clientes empresariais, que cresceu 14,5% em termos homólogos, bastante acima da taxa de inflação prevista para este ano em Portugal (5,4%). O negócio residencial, que inclui serviços fixos e móveis, cresceu 4,04% no mesmo período.

Já o EBITDA teve uma subida de 20,3%, para 281 milhões de euros. Por sua vez, o EBITDA menos CAPEX, ou seja, o valor que a empresa liberta excluindo o montante investido nas suas redes e outras infraestruturas, teve uma forte subida homóloga de 43,2% no terceiro trimestre, para 171 milhões de euros.

Esta forte subida do EBITDA da dona do MEO ocorre numa altura em que, no mercado, se fala da possibilidade de a Altice Portugal vir a ser vendida, total ou parcialmente, no âmbito da estratégia de desalavancagem do grupo liderado por Patrick Drahi. Em termos consolidados, o grupo viu o EBTIDA menos CAPEX subir 20,5% no terceiro trimestre, para 271 milhões de euros, segundo a informação financeira que foi hoje disponibilizada no site da Altice Internacional. Já o EBITDA do grupo teve uma subida mais modesta, de 3,9%, para 476 milhões de euros.

No terceiro trimestre, apenas a operação portuguesa viu a sua faturação subir, entre as diferentes unidades que fazem parte da Altice Internacional (que não inclui os negócios do grupo em França e nos Estados Unidos). Em Israel, as receitas caíram 14,5%, enquanto na República Dominicana desceram 8%. A nível consolidado, a Altice Internacional teve uma descida deu 0,6% das receitas no terceiro trimestre, quando comparadas com as do período homólogo, para 1,28 mil milhões de euros.

 

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