Os farmacêuticos vão ter formação para que as farmácias possam oferecer mais serviços aos utentes, como previsto no acordo assinado hoje entre a Associação de Farmácias de Portugal e os ministérios da Saúde e das Finanças.
Em declarações ao Jornal Económico, a presidente da AFP, Manuela Pacheco, afirma que “alguns serviços vão arrancar em projeto-piloto” e que “os farmacêuticos vão ter formação, pois existem uma série de procedimentos que têm de ser previstos”.
O acordo hoje assinado tem como objectivo reforçar a articulação entre a rede de cuidados de saúde e a rede de farmácias, aumentando os serviços e o âmbito de intervenção das farmácias.
Manuela Pacheco diz que “as pessoas vão poder usufruir ainda de mais serviços nas suas farmácias e sem custos acrescidos ou, inclusivamente, a um menor custo”, sublinhando os benefícios da parceria “para os que vivem em locais mais remotos ou que têm de fazer, e custear, grandes deslocações até aos hospitais, para, por exemplo, terem acesso a medicamentos que, até agora, estavam disponíveis apenas nas farmácias hospitalares”.
Entre as medidas constam a possibilidade de alargamento da dispensa de medicamentos hospitalares a mais áreas terapêuticas, a assistência farmacêutica permanente ou aconselhamento farmacêutico, serviços de intervenção em saúde pública (como os programas de troca de seringas, vacinação contra a gripe, entre outros).
O acordo prevê também a criação de condições para a sustentabilidade financeira das farmácias, através de novos modelos remuneratórios, que garantam: o acesso e dispensa a medicamentos e produtos de saúde, a prestação de serviços pelas farmácias e a partilha de ganhos entre os utentes, o Estado e as farmácias.
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