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Governo vai apresentar proposta de lei para pôr fim à diferença salarial entre sexos

A secretária de Estado para Cidadania e Igualdade, Catarina Marcelino, vai reunir-se com governantes alemães e islandeses para perceber como estes países poderão servir de exemplo a Portugal.
17 Março 2017, 10h35

As mulheres têm melhores notas e mais estudos do que os homens, só 5% ocupam cargos de topo e ganham menos 16,7% do que os seus colegas do sexo masculino. Porém, o Governo prepara-se para implementar alterações legislativas brevemente.

De acordo com o jornal “Expresso”, a secretária de Estado para Cidadania e Igualdade vai reunir-se com governantes alemães e islandeses, em Nova Iorque, e até ao próximo dia 1 de maio, vão ser entregues as propostas de lei do Executivo para pôr fim à diferença salarial entre sexos.

“A ideia é ir além das listas negras. Para que essa responsabilidade não fique só do lado das empresas, também cabe ao Estado”, esclareceu Catarina Marcelino ao semanário, acrescentando que o encontro com os homólogos da Alemanha e Islândia vai ajudar a perceber como estes países poderão servir de exemplo a Portugal.

Em declarações à agência Lusa, esta quinta-feira, Catarina Marcelino já havia feito referência à questão da igualdade, a propósito da polémica das quotas para cotadas na bolsa. A secretária de Estado para Cidadania e Igualdade afirmou que a imposição “não é ingerência” e que “uma empresa é livre de dizer que não quer cumprir, mas então não poderá concorrer à bolsa”.

O Governo aguarda ainda aprovação da Assembleia da República da proposta que obriga os conselhos de administração das empresa cotadas em bolsa a cumprir uma quota de 33% para o género menos representado a partir de 2020.

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