Mais 260 equipas profissionais de bombeiros até ao verão e que chegarão às 300 equipas até final do ano, mais 600 efetivos da GNR na formação para o Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro e mecanismos de comunicações de aviso via SMS para a população que está nas zonas de riscos. Estas são as soluções avançadas pelo ministro Eduardo Cabrita para combater o flagelo dos incêndios, anunciadas durante o mais recente almoço debate do International Club of Portugal – ICPT.
Embora este não fosse o tema de fundo do evento, o ministro da Administração Interna elencou algumas das medidas que o Governo desenhou para evitar a repetição da tragédia das vítimas humanas nos incêndios florestais do ano passado. Ainda sobre o tema das florestas o ministro sublinhou que esta “tem de ser valorizada” e anunciou que foram criados “dezena e meia” de parques para acomodação de madeira e, em simultâneo, estão a ser lançadas centrais de biomassa de pequena densidade, unidades que estarão localizadas “perto das zonas onde se limpa”. O governante frisou ainda sobre este tema que “os hábitos terão de mudar” e o esforço de limpeza desenvolvido este ano terá de continuar nos próximos.
O tema no ICPT centrou-se na dimensão da segurança e como esta afeta ou potencia o investimento e o crescimento da economia, tendo frisado que a questão está igualmente ligada à qualidade de vida dos nacionais. E enunciou algumas medidas de sucesso caso da Escola Segura ou o acompanhamento que a GNR faz a idosos isolados. Mas a solução que Eduardo Cabrita realçou dentro do um quadro de dimensão regional foi Contrato Local de Segurança e ao qual atribuiu “vocação integradora”. O projeto em desenvolvimento com maior impacto é o de Albufeira, onde 30% da população é estrangeira. Este modelo vai ser alargado a outros municípios, caso de Serpa. No Baixo Alentejo, a região com 15 mil habitantes recebe 4 a 5 mil emigrantes anualmente durante alguns meses para o trabalho na agricultura. Este tipo de intervenção inclusiva visa proteger os trabalhadores a nível de direitos laborais, mas também proteger a população.
No ICPT o ministro salientou a mais-valia competitiva de Portugal potenciada pela segurança e que coloca o país entre os 10 melhores países que cultivam a referida imagem de segurança. Salientou que as autoridades policiais e de segurança nacionais aprenderam com Nice, Bruxelas e Londres e daí algumas opções de prevenção como a vídeo vigilância móvel em Lisboa no final do ano ou ainda a proibição de garrafas de vidro no terreiro do Paço, também no final do ano. A nível das fronteiras externas marítimas, realçou o esforço que está a ser feito com 600 pessoas em ações no âmbito do Frontex (Agência Europeia de Guardas de Fronteira e Costeira), destacando o facto do vice-presidente do Frontex ser diretor do SEF.
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