A possibilidade abre-se já no próximo ano letivo: Começar a licenciatura em Finanças no Quelhas, em Lisboa, e terminá-la em Varsóvia, na Polónia, onde no terceiro ano, os alunos terão a oportunidade de passar dois semestres.
Um acordo de parceria entre a mais antiga escola de Economia e Gestão de Portugal e a melhor universidade da Polónia permite que os alunos que se inscrevam na licenciatura em Finanças do ISEG – Lisbon School of Economics & Management em 2018/2019 a possam terminar na Universidade de Kozminski em 2020/2021.
Estes alunos obterão um double degree, o que significa que irão receber dois graus académicos: a licenciatura em Finanças pelo ISEG e o bachelor in Finance and Accounting pela Universidade de Kozminski, sem pagar propinas adicionais.
“Para o ISEG e para a Kozminski, o double degree é uma oportunidade de criar uma oferta formativa única e flexível, com um programa curricular atualizado e internacional”, explica Ana Venâncio, coordenadora da licenciatura em Finanças no ISEG, ao Jornal Económico.
Se, por um lado, a frequência de duas universidades de grande prestígio internacional dota os alunos de uma experiência mundial única, pelo outro, uma licenciatura de duplo grau oferece valor acrescentado a nível profissional. “Para os alunos, as vantagens são a maior facilidade de obtenção de emprego, especialmente a nível internacional, e o acesso a ensino e professores de qualidade em duas escolas prestigiadas”, vinca a docente .
Esta parceria permite aos alunos escolher unidades curriculares da licenciatura que não teriam acesso na escola de origem. Por exemplo, os alunos do ISEG poderão frequentar na Kozminski cursos de preparação para qualificações profissionais, como o Chartered Financial Analyst (CFA), e os alunos da Kozminski poderão frequentar no ISEG Banking and Insurance.
Embora sem pagamento de propinas adicionais, o programa implica algum acréscimo de custos em viagens e estadia na Polónia. Para fazer face a estas despesas, o ISEG disponibiliza aos dois melhores alunos do curso uma bolsa de estudos no terceiro ano, revela Ana Venâncio ao Jornal Económico.
A parceria com a Universidade de Kozminski é um dos 144 acordos que o ISEG mantém com instituições de ensino superior estrangeiras e insere-se na estratégia da instituição para aumentar a sua visibilidade internacional.
A escolha da polaca para internacionalizar ainda mais a licenciatura de Finanças deveu-se a vários fatores, à cabeça dos quais está, segundo Ana Venâncio, a “qualidade” da instituição. A Kozminski é a universidade polaca mais bem posicionada a nível internacional no Financial Times (17ª na área de Finanças), sendo detentora das três principais acreditações internacionais: AMBA, AACSB e EQUIS.
A presença na Polónia de duas multinacionais portuguesas – Jerónimo Martins e Millennium BCP, também pesou na escolha, revela a docente. Justificando:_“Estas empresas poderão ter interesse em captar alunos deste programa, considerando que estes já conhecem os dois países e respetivas culturas.”
Em linha de conta também foi tida a crescente procura pelos alunos do ISEG do programa ERASMUS em destinos da Europa do Leste. Uma palavra a dizer tiveram ainda as condições de vida atrativas e o custo de vida acessível da Polónia.
Escola de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa, criada em 1911, o ISEG tem a sua raiz na Aula do Comércio, instituída em 1759 por ordem do Marquês de Pombal. O Instituto, onde se formou a maior parte dos economistas e gestores portugueses, conta atualmente com cerca de 4500 alunos, dos quais cerca de 20% estrangeiros, distribuídos por sete licenciaturas, 18 mestrados e oito programas de doutoramento. Conta com 230 docentes, 80% dos quais doutorados.
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