Pierre Moscovici, atual Comissário Europeu para os Assuntos Económicos e Financeiros, Tributação e Alfândegas, está a posicionar-se para ser o próximo líder do Partido Socialista francês nas próximas eleições europeias, em 2019, adianta a imprensa gaulesa. Convidado a participar numa conferência sobre ‘O renascimento da esquerda europeia’, o Comissário Europeu fez um discurso de apelo à sua candidatura.
O ex-ministro da Economia de François Hollande minimizou as frequentes críticas entre os seus camaradas socialistas, muito contrários à sua candidatura, que o pretendem ‘colar’ às políticas do presidente Emmanuel Macron. “Não partilho todas as orientações da Comissão Europeia”, disse, para enfatizar, referindo-se a Macron, que “não acredito que não há nem direita nem esquerda, essa clivagem existe, precisamos de uma democracia social europeia”.
Durante o seu discurso, aplaudido pelos ativistas do PS presente na sala, Moscovici disse que “sou socialista, não é uma palavra abstrata, sou socialista todos os dias”. Moscovici criticou fortemente os seus potenciais opositores à esquerda: “Haverá uma esquerda nacionalista e uma esquerda que pensa que Varoufakis [ex-ministro grego da economia] é melhor do que Tsipras [primeiro-ministro grego], mas foi Varoufakis quem levou a Grécia a um impasse”, dirigindo-se aos seus potenciais adversários, Jean-Luc Mélenchon e Benoît Hamon.
Inicialmente ativo na Liga Comunista Revolucionária, Pierre Moscovici juntou-se aos socialistas francesesem 1984. Em 1988 entrou se para o Ministério da Educação no gabinete do ministro Lionel Jospin, e de 1990 a 1994 chefiou o Departamento de Modernização e Financiamento do Serviço Público.
De 1994 a 1997, ele foi membro do Parlamento Europeu. De 1997 a 2002 foi ministro delegado para os Assuntos Europeus no governo de Lionel Jospin. Em 20 de julho de 2004 foi eleito um dos 14 vice-presidentes do Parlamento Europeu e reeleito em janeiro de 2007. Em julho de 2014, o então presidente François Hollande propôs que ele fosse o representante da França na Comissão Europeia, que seria liderada por Jean-Claude Juncker.
Como responsável por uma pasta económica, Pierre Moscovivi tem sido um dos principais apoiantes de Mário Centeno na sua qualidade de líder do Eurogrupo.
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