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Polícias e militares prometem “maior manifestação de sempre” em maio

Concentração planeada para a primeira quinzena de maio. Belém ou Parlamento são locais em análise. É o primeiro protesto conjunto na história.
13 Abril 2018, 09h30

Os sindicatos e associações das Forças Armadas e de Segurança estão a preparar uma mega manifestação nacional para a primeira quinzena de maio que reunirá, pela primeira vez, polícias e militares. Lisboa é a cidade escolhida para o protesto contra o incumprimento da promessa de descongelar os escalões de milhares de profissionais. Assembleia da República ou Belém, junto à residência oficial do Presidente da República, são os locais ainda em estudo, prevendo aquelas organizações a maior concentração de sempre.

“Estimamos que, pelo menos, 16 mil elementos das forças de segurança e militares poderão juntar-se ao protesto na manifestação de maio”, revelou ao Jornal Económico fonte próxima ao processo, que dá ainda conta da preparação de “um programa de protestos em crescendo que contarão com a participação de polícias e militares” e que deverá ser anunciado numa conferência de imprensa conjunta na próxima terça-feira, 17 de abril, no largo do Carmo, em Lisboa.

Quanto aos locais onde será organizada a mega manifestação, a mesma fonte explica que Belém deve-se ao facto de várias associações que representam polícias e militares terem entregue a 27 de março uma carta a pedir o apoio do Presidente da República nas negociações com o Governo. As estruturas sindicais querem que Marcelo Rebelo de Sousa exija ao Governo que cumpra a lei que está prevista no Orçamento do Estado, no âmbito do processo de descongelamento das carreiras.

Sobre estas acções de protesto que estão a ser preparadas o Jornal Económico contactou Paulo Rodrigues, presidente da  Associação Sindical dos Profissionais da Polícia – ASPP/PSP, que remeteu estas informações para a conferência de imprensa da próxima semana, onde será dado conta o descontentamento sobre a falta de vontade de dos ministérios da Administração Interna e Defesa em cumprir a promessa de descongelar os escalões salariais de milhares destes profissionais. Recorde-se que o Ministério da Defesa já deu conta que  “os militares vão continuar a manter-se enquadrados na lei da Função Pública na contagem do tempo de serviço”.

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