Em janeiro, segundo a estimativa rápida publicada pelo Eurostat esta semana, a inflação na zona Euro situou-se em 1,8%, o valor mais alto em quatro anos. O Banco Central Europeu (BCE) tem como objetivo ter uma inflação abaixo mas próxima de 2% e, desde 2013, que a taxa se mantém abaixo deste patamar.
Neste período de inflação baixa pós-crise financeira internacional, Portugal é um dos países com mais baixo ritmo de evolução dos preços. Entre 2009 e 2016, a taxa média ficou-se em 1,1%, igual à taxa registada na Letónia, e apenas ultrapassou três países da moeda única, todos eles alvo de resgate durante a crise da dívida na zona euro — Chipre (0,8%), Grécia (0,8%) e Irlanda (próxima de 0%).
A zona euro, no seu conjunto, teve uma taxa de inflação média anual de 1,3%. Os países que estão no fim da tabela no período pós-crise estiveram antes entre os que enfrentaram mais rápidas subidas dos preços. Portugal, por exemplo, teve uma taxa média de 2,7% enquanto Irlanda e Grécia ultrapassaram mesmo a barreira dos 3%.
A inflação é o driver do BCE para o seu programa de compra de activos que tem fornecido liquidez ao sistema. Mário Draghi tem dito que o objectivo é que o programa dure até que a inflação da zona euro fique cerca dos 2%.
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