O Fórum para a Competitividade considera que a paralisazação da Auroeuropa, que teve uma adesão de 41% dos trabalhadores, foi prejudicial à empresa, para os seus trabalhadores e para o país. Além desses prejuízos, a instituição acredita que este bloqueio no setor automóvel “vem colocar na ordem do dia a necessidade de rever a lei da greve quanto às condições que devem legitimar a sua convocação e quanto à necessidade das decisões serem tomadas por voto secreto”.
Num comunicado enviado esta quinta-feira de manhã, onde comenta a greve na fábrica de Palmela e suas sequelas políticas e económicas, o Fórum para a Competitividade afirma que “o SITE Sul, sindicato da CGTP, e o próprio secretário geral desta confederação sindical, procuram aproveitar a vaga populista da greve para forçar negociações imediatas entre os sindicatos e a Administração”.
A entidade acredita que o modelo de relações industriais na Autoeuropa que tem estado em vigor até agora foi benéfico para a firma durante mais de duas décadas e um fator de progresso. O Fórum exemplifica com o caso da introdução de figuras (como o “banco de horas”), que diz ter permitido melhorar a competitividade da empresa “sem prejuízo dos interesses dos trabalhadores e evitar despedimentos nos anos de menor atividade”.
Quanto ao protesto de ontem, a administração da Autoeuropa salientou que apenas aceita negociar com a Comissão de Trabalhadores, que será eleita a 3 de outubro. “Até lá, serão ouvidas as partes envolvidas neste processo”, dizem os gestores. “Apesar do impacto negativo desta paralisação, a empresa continua empenhada em encontrar um compromisso com os trabalhadores que crie, mantenha e assegure o emprego”, apontou a empresa, em comunicado.
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