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Supremacia dos EUA vai abafar a China este ano, segundo a Rothschild

“Em 2018, o crescimento dos EUA poderá acelerar ainda mais e ultrapassar a China. Os Estados Unidos tornar-se-iam o motor do crescimento global”, sublinha a economista-chefe.
15 Junho 2018, 19h29

Os EUA são único país que irá manter o forte crescimento económico este ano, após um ciclo sincronizado de expansão global, segundo o outlook semestral do grupo francês Edmond de Rothschild. Esta situação poderá levar a “um regresso da supremacia norte-americana” e um relegar da China para segundo plano.

Apesar de o crescimento económico ter acelerado de forma global em 2017, somente os Estados Unidos poderão novamente experimentar um aumento na atividade económica em 2018 e assim, mais uma vez, tornarem-se líderes do mercado mundial”, refere a análise assinada pela economista-chefe do grupo, Mathilde Lemoine.

“Em 2018, o crescimento dos EUA poderá acelerar ainda mais e ultrapassar a China. Os Estados Unidos tornar-se-iam o motor do crescimento global”, sublinha.

Uma década depois da crise do subprime nos EUA (e consequente recessão), o país cresce a um ritmo de 4%, o que representa o segundo ciclo de crescimento económica mais longo da história dos Estados Unidos e poderá tornar-se o primeiro se durar mais de um ano e meio. O desemprego é o mais baixo do século e até a inflação está próxima da meta do banco central.

A estimativa da Rothschild é que os EUA cresçam 3% este ano, permitindo o regresso à “supremacia” norte-americana. Quanto às ameaças de uma guerra comercial, o grupo francês vê a questão como uma forma de os EUA aumentarem o comércio, em vez do seu contrário.

“Ameaças e aumentos efetivos nas tarifas de importação são mais armas de negociação do que o início de uma guerra protecionista”, escreveu Lemoine. De facto, uma das principais exigências norte-americanas é um aumento nas exportações, a fim de reduzir o défice comercial, o cumprimento dos direitos de propriedade intelectual e a possibilidade de manter negócios na China sem um parceiro chinês para limitar as transferências de tecnologia”.

“O objetivo norte-americano é, portanto, aumentar o comércio mais do que reduzi-lo. Mas a política orçamental dos EUA poderá levar a uma subida nas importações e, portanto, a um défice comercial cada vez maior, o que provavelmente alimentará as tensões entre os dois gigantes”, acrescentou.

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