Os reformados começaram a receber esta semana o valor mensal das pensões, depois de o Governo de António Costa ter anunciado o fim do subsídio de Natal em duodécimos. Segundo simulações da consultora PwC, divulgadas esta quarta-feira pelo jornal “Negócios”, as pensões registam este ano uma queda mensal de 3,6%, menos com aumentos e menos IRS para pagar.
O alerta em relação ao impacto da retirada dos duodécimos já tinha sido dado pelo Ministério do Trabalho e Segurança Social, tutelado por António Vieira da Silva. As simulações da PwC mostram agora que o fim do subsídio diluído ao longo de 12 meses vai anular os ganhos dos pensionistas e conduzir a um corte maior do que a soma de tudo o que os vão ganhar este ano.
Para este ano está prevista a atualização automática da pensão de janeiro, aplicada a todas as pensões, que deve ficar entre os 1% e 1,6%. Em agosto, os pensionistas assistirão à chegada do aumento de 10 euros para pensões até aos 555 euros e, para as pensões que pagam IRS, haverá um alívio fiscal patente nas novas tabelas de retenção. Além disso, o mínimo de existência será também aumentado.
Os cálculos da PwC mostram, no entanto, que mesmo a partir do mês de agosto, as pensões continuaram a ser inferiores às de 2017. Um reformado com a pensão mínima do regime geral, a sua pensão será atualizada em quase cinco euros para 269,10 euros. Com o fim do subsídio de Natal são menos 11 euros nos 14 meses. Ou seja, o reformado perde 6,25 euros já em janeiro e nos meses seguintes, menos 2,3% da sua pensão.
Para as pensões que não beneficiam da descida do IRS, o corte mensal é ainda maior. Uma pensão de 3.500 euros vai sofrer uma perda de 3%.
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