Air Jordan, a marca de calçado que resulta de uma colaboração entre Michael Jordan e a Nike. Os seus vários modelos tiveram o efeito de colocar a Nike no mercado, com uma rentabilidade que sempre fez história, até aos dias de hoje. O que surpreende nesta altura é que, tendo Jordan terminado a sua carreira em 2003 (aos 40 anos), a marca está a agora a gerar resultados nunca antes vistos.
De acordo com o Cinco Días, há quase 40 anos, em 1984, a marca de roupa desportiva Nike chegou a acordo com o basquetebolista Michael Jordan para uma parceria tendo em vista a produção de calçado desportivo. Naquela altura, a Nike colocou em cima da mesa um acordo válido por cinco anos, em troca de 500 mil dólares anuais.
Os valores em causa fizeram daquele o contrato mais caro de sempre entre uma celebridade e uma marca de roupa e acabaria por resultar numa rentabilidade elevadíssima, que continua a superar recordes a cada ano que passa.
O portal especializado em notícias desportivas Sportskeeda recorda que, “só no primeiro ano, Air Jordan gerou vendas no valor de 126 milhões de dólares”. Importa perceber o que tem este negócio para ensinar ao mundo.
O primeiro aspeto fundamental a ter em consideração é que Michal Jordan era apenas um jovem a aparecer no basquetebol, mas viria a tornar-se uma das estrelas da modalidade, para muitos até o melhor jogador de sempre. Isto gerou uma rentabilidade de enorme peso para a Nike, assim como uma ligação forte entre as duas partes, que dura até hoje.
Outro fator importante foi a coragem demonstrada pela Nike quando, em 1997 decidiu que a linha de calçado Air Jordan passaria ter a sua marca própria, totalmente independente da Nike. Depois, a marca sempre fez um esforço para evitar que o facto de Jordan ter terminado a carreira resultasse no declínio das vendas. Assinou contratos com outras referências do basquetebol, que estavam em competição. como são os casos de Luka Doncic e Zion Williamson.
De acordo com os dados inscritos nos últimos resultados da Nike em 2022, divulgados em comunicado à Securities Exchange Comission (SEC), a supervisora dos mercados norte-americanos, os Air Jordan corresponderam a uma rentabilidade de 5,1 mil milhões de dólares (4,7 mil milhões de euros), o que significa a maior rentabilidade de sempre daquela marca.
O impacto é tal que, quase 40 anos depois de criada a marca e 20 anos depois de Michael Jordan terminar a carreira, os Air Jordan representam ainda 14,16% do volume de vendas da Nike, que ascendeu a 36,1 mil milhões de dólares (33,1 mil milhões de euros). De resto, desde 2016 que o rendimento das vendas tem aumentado de ano para ano, com exceção de 2020.
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