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Professores voltam à greve a partir de amanhã

“O Governo foge à resolução dos problemas”, dizem as organizações sindicais. O início da nova paralisação está agendado para as 12h00 desta segunda-feira, no distrito do Porto. À mesma hora haverá um encontro entre sindicatos e professores à porta da escola de Canelas, em Vila Nova de Gaia.
Fernando Veludo / Lusa
16 Abril 2023, 12h00

Os professores voltam a dar início a um período de greves a partir de amanhã. Os docentes marcaram novas paralisações nas escolas entre os dias 17 de abril e 12 de maio, alegando que continuam a existir problemas na valorização das carreiras que não estão a ser resolvidos pelo Governo.

A previsão é que a greve arranque às 12h00 desta segunda-feira, no distrito do Porto. Para essa hora está previsto um encontro dos sindicatos à porta da Escola Básica e Secundária de Canelas, em Vila Nova de Gaia, com docentes daquele agrupamento de escolas. Três horas depois, às 15h00 horas, haverá uma concentração na Praça D. João I, na cidade do Porto.

“O Governo foge à resolução dos problemas”, dizem este domingo as organizações sindicais, num comunicado conjunto da ASPL (Associação Sindical de Professores Licenciados), Fenprof – Federação Nacional dos Professores, FNE (Federação Nacional da Educação), Pró-Ordem, SEPLEU (Sindicato dos Educadores e Professores Licenciados), Sinape – Sindicato Nacional dos Profissionais da Educação, Sindep – Sindicato Nacional e Democrático dos Professores, SIPE (Sindicato Independente de Professores e Educadores) e SPLIU (Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades).

Entre a lista de “problemas”, que, na visão dos sindicatos, justificam o prosseguimento da luta dos professores vêm desenvolvendo, está o regime de concursos aprovado pelo Executivo de António Costa não corresponde às expectativas dos docentes nem e às necessidades das escolas. As organizações aguardam um veto do Presidente da República. “O artigo 79.º do Estatuto da Carreira Docente continua a não cumprir o seu objetivo, porque reduções no horário dos docentes são entregues às escolas, e na monodocência aplica-se de forma ainda mais penalizadora”, lamentam ainda, na lista publicada este fim de semana.

A partir da tarde de amanhã, nas capitais de distrito, os professores manifestar-se-ão também por causa do tempo de serviço congelado que ainda não foi recuperado e, na opinião dos porta-vozes dos docentes, continua ausente das intenções e da vontade política dos governantes. Há ainda alertas sobre o projeto do Ministério da Educação para correção de assimetrias na carreira, que caracterizam de “discriminatório”, e o regime de Mobilidade por Doença que é considerado “desumano” e mantém-se a necessidade de ser revisto.

“As ilegalidades e os abusos nos horários de trabalho arrastam-se, neles encaixando todo o tipo de burocracia que o Ministério da Educação não resolve. A pré-reforma ou redução dos requisitos para a aposentação são temas tabu para o Ministério da Educação e para o Governo”, lê-se na mesma nota.

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