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Preço do petróleo deverá cair mais de 6%, este ano e no próximo, prevê estudo

Estudo “Oil – Beyond Geopolitics” da Euler Hermes, acionista da portuguesa Cosec, aponta que “o risco agravado pelas condições geopolíticas poderá diminuir assim que os fluxos de mercado se tornarem mais percetíveis, o que indica que o pico dos preços poderá começar a decrescer”.
6 Agosto 2018, 12h00

O preço do petróleo deverá descer até ao final do ano, para uma média de 72 dólares por barril Brent, conclui o estudo “Oil – Beyond Geopolitics” da Euler Hermes, acionista da portuguesa Cosec, seguradora especializada em seguro de créditos e caução. Este valor representa uma descida de 2,14%, face à cotação desta segunda-feira, 6 de agosto.

Para o próximo ano, a previsão é de manutenção da tendência de quebra do preço, para uma média de 69 dólares o barril, o que representa uma quebra de 6,22% face à cotação atual.

Em comunicado, a empresa justifica que “o risco agravado pelas condições geopolíticas poderá diminuir assim que os fluxos de mercado se tornarem mais percetíveis, o que indica que o pico dos preços poderá começar a decrescer”.

A perspectiva de evolução do preço do barril de Brent para uma média de 72 dólares é suportada pela espetativa de um “crescimento sustentado da procura conduzido pela força económica global – 1,6 mil barris por dia e 3.3% de crescimento do produto interno bruto (PIB) global em 2018.

“Acreditamos que o PIB em 2018 registará um aumento de 3,3%, 2,5% de valorização do dólar – o retorno de uma posição financeira líquida para uma média de dois anos e uma perda de 0,5 mil barris por dia, assumindo que a maioria do prejuízo no Irão será mitigado, enquanto os défices de produção na Venezuela não o serão”, refere a Euler Hermes.

A empresa aponta que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) tem uma capacidade extra de cerca de 2 mil barris por dia e que “existe a possibilidade de um crescimento marginal da produção dos EUA”.

“Vários fatores poderão neutralizar o aumento nos preços do petróleo, em especial o impacto negativo da procura e o aumento da produção”, refere a acionista da Cosec.

De acordo com este estudo, estes fatores deverão ter impacto apenas a partir de 2019. Nos EUA, a capacidade dos oleodutos de 2 mil barris por dia será comissionada no segundo semestre de 2019, o que permitirá uma segunda vaga de incentivo à produção de xisto betuminoso, em comparação com os atuais níveis.

Para 2019, espera-se uma média anual de 69 dólares por barril de Brent.

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