Mário Nogueira deixou claro esta sexta-feira que “estamos a chegar a um ponto insuportável no relacionamento com o Ministério da Educação”. É que este ministro, disse o secretário-geral da FENPROF, “se não tem com quem se relacionar, não está cá a fazer nada, o que faz com que esta situação se torne insuportável”.
Com nova greve agendada para a próxima terça-feira, 20 de junho, os sindicatos fazem um balanço positivo do primeiro dia de paralisação às provas de aferição esta quinta-feira, 15 de junho.
“Em todo o país deverão ter ficado por fazer milhares de provas em mais de meio milhar de escolas”, afirma a FENPROF. Adianta: “Acresce a isto, no entanto, que há professores que estão a receber a notificação de que terão de fazer a classificação digital de 600 e mais provas, numa plataforma que, ainda por cima, não está a funcionar devidamente. É impensável pensar-se que os professores têm de continuar a somar trabalho ao imenso trabalho que já têm, neste caso, em simultâneo com a sua atividade letiva”.
Também a FNE – Federação Nacional da Educação, afeta à UGT, uma das nove estruturas sindicais da convergência, que inclui além da FENPROF, também a ASPL, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU, disse o mesmo por outras palavras. “São várias as escolas em que não se realizaram as provas de aferição no 1.º Ciclo do Ensino Básico ou em que a adesão esteve perto dos 100%”.
As duas maiores estruturas sindicais de professores reafirmam que, enquanto não houver uma resposta do Ministério da Educação, “a luta continuará com a greve às avaliações e aos exames, ainda que sujeita a serviços mínimos”.
Mário Nogueira admite que “os serviços mínimos podem esvaziar o efeito da greve, mas não esvaziam os motivos da indignação dos professores. Esta é a razão por que a FENPROF continuará a convocar a luta e a preparar, já, o arranque do próximo ano letivo.
As duas federações estão a preparar as ações com que avançarão para os tribunais no caso dos serviços mínimos, tendo também já requerido a aclaração junto dos colégios arbitrais, uma vez que, justificam, “a falta de clareza dos acórdãos está a levar a procedimentos diferentes de escola para a escola, face às dúvidas que decorrem dos mesmos”.
“Alegando questões processuais, os juízes presidentes negaram o esclarecimento sobre serviços mínimos que ampliam os limites legais e, em vez de mínimos, impõem a realização de todo o serviço só que com um mínimo de trabalhadores”, salienta a FNE.
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