As famílias financiaram as administrações públicas em 8,5 mil milhões de euros até abril, sobretudo através da aquisição de certificados de aforro e do Tesouro, de acordo com dados revelados pelo Banco de Portugal esta quinta-feira.
No entanto, e de acordo com o mesmo relatório, o financiamento das administrações públicas caiu cinco mil milhões de euros até abril, depois de um financiamento de 1,7 mil milhões de euros registados em igual período de 2022.
Segundo o estudo, o “financiamento líquido negativo indica que as aquisições líquidas de ativos financeiros pelas administrações públicas foram superiores às emissões deduzidas de amortizações dos passivos, ou seja, as administrações públicas utilizaram parte dos fundos obtidos para financiarem outros sectores da economia”.
No entanto, o Banco de Portugal mostra que se verificou uma melhoria entre março e abril. O financiamento manteve-se em queda entre janeiro e março de 2023, notando-se uma ligeira melhoria no quarto mês do ano.
“O financiamento concedido às administrações públicas pelos bancos e pelo exterior foi negativo, em 8,3 mil milhões de euros e em 5,2 mil milhões de euros, respetivamente”, indica a entidade liderada por Mário Centeno. No entanto, “as famílias financiaram as administrações públicas em 8,5 mil milhões de euros, sobretudo através da aquisição de certificados de aforro e do Tesouro”. De relembrar que foi a corrida aos certificados de aforro que levou o Governo a acabar com a série E, com uma taxa de 3,5%, para criar a série F com uma taxa de juro mais baixa.
O Banco de Portugal adianta ainda que o financiamento através de emissões líquidas de títulos e de empréstimos deduzidos de depósitos, foi negativo em 3,4 mil milhões de euros e em 1,5 mil milhões de euros, pela mesma ordem.
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