A discussão em torno da transição energética no contexto da Inteligência Artificial Generativa foi abordada na conferência “Generative AI: do ChatGPT ao dia-a-dia das organizações”, promovida pelo JE e pela Wiimer.
Aplicar a Inteligência Artificial não basta quando o tema é a transição energética. Jorge Afonso, Chief Data & Analytics Officer da Galp, deu o mote sobre o tema e destacou que “é preciso arrumar a casa e sustentar as fundações e criar equipas dedicadas”.
A discussão em torno da transição energética no contexto da Inteligência Artificial Generativa (painel moderado por Nuno Vinha, subdiretor do JE) foi abordada na conferência “Generative AI: do ChatGPT ao dia-a-dia das organizações”, promovida pelo JE e pela Wiimer, uma iniciativa que teve como objetivo debater os benefícios potenciais da inteligência artificial generativa, e que teve lugar na sede da Siemens em Lisboa.
Além de Jorge Afonso, o painel contou com a presença de Luís Marçal, head of Energy Automation and Sustainability da Siemens e Ricardo Nunes, Chief Strategic Office da OMIP. Todos os elementos do painel concordaram que a Inteligência Artificial vai ter um enorme impacto, apesar de haver muito trabalho a fazer.
“A IA traz muitos desafios mas também muitas oportunidades. A analítica e os dados estão a ganhar uma dimensão enorme com a IA, sobretudo a generativa. As organizações portuguesas não estão capacitadas para gerir este tipo de tecnologias e há todo um caminho para chegar a um ponto efetivo para que haja vantagem para os negócios”, explicou o responsável da Galp.
Ricardo Nunes, Chief Strategic Office da OMIP, considerou que a transição energética “apresenta uma série de desafios e a IA pode ajudar a resolver alguns deles”. Explicou este responsável que “temos que ser independentes em termos tecnológicos e a IA pode ser importante nas análises e previsões de consumos, preços, trading, etc. Pode ser fundamental para que a transição energética tenha sucesso. Com uma análise correta dos dados pode haver muitas vantagens para empresas e famílias”.
“A Siemens está a ver a IA com enorme responsabilidade”. Luís Marçal, Head of Energy Automation and Sustainability da Siemens, concorda que esta nova tecnologia traz enormes desafios a empresas como aquela representa e outras multinacionais “com o nível de exigência” que se coloca. “Temos que perceber como pode aportar valor internamente (eficiência) e como vamos dar valor aos nossos clientes e como é que os projetos podem ser desenvolvidos. A nossa história tem sido feita de abraçar as novas tecnologias, sempre que há um salto, a Siemens está na frente. Procuramos desumanizar algumas tarefas que são repetitivas: coisas que poderiam durar algumas semanas podem ser feitas por alguns segundos. A IA vai-se massificar”, destacou.