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“Há um sentido de urgência em torno da Inteligência Artificial”, enaltece managing partner da Wiimer

“Não vai haver uma única indústria que não será impactada”, defendeu Miguel Moreira da Silva, managing partner da Wiimer na conferência “Generative AI: do ChatGPT ao dia-a-dia das organizações”, promovida pelo JE e pela Wiimer.
29 Junho 2023, 15h27

Existe desde já um “sentido de urgência” em torno da Inteligência Artificial, revelou Miguel Moreira da Silva, managing partner da Wiimer esta quinta-feira, numa intervenção sobre como reinventar o dia-a-dia das organizações através da Inteligência Artificial Generativa.

O tema foi abordado na conferência “Generative AI: do ChatGPT ao dia-a-dia das organizações”, promovida pelo JE e pela Wiimer, uma iniciativa que teve como objetivo debater os benefícios potenciais da inteligência artificial generativa, e que teve lugar na sede da Siemens em Lisboa.

“O sentido de urgência da IA aumentou porque já estamos ao nível da discussão de como conseguimos melhorar o negócio através da IA. Continuam a ser modelos complicados porque nos perguntam já em quantas semanas conseguimos aplicar os modelos”, explicou.

E o que é? A Generative IA está relacionada com a capacidade de desenvolvimento de conteúdos novos (texto, imagens, algoritmos, vídeos) tendo por base modelos treinados com um vasto conjunto de dados. A GenIA utiliza modelos probabilísticos.

“Não vai haver uma única indústria que não será impactada”, destacou este orador que deu vários exemplos de que não haverá sequer nenhuma função dentro de organização que não terá nenhum contacto com esta tecnologia.

Destacou este responsável que no contexto da Inteligência Artificial generativa ao serviço das empresas, “a discussão não é o ser humano contra a máquina”. “Vamos ter que conseguir cooperar e tirar o máximo proveito desta tecnologia inovadora e sempre a acautelar princípios éticos”, realçou.

Num histórico sobre o desenvolvimento daquilo que conhecemos hoje como Inteligência Artificial, Miguel Moreira da Silva explicou que “entre 1966 e 1997 (quando o computador Deep Blue da IBM derrotou o Kasparov) tivemos aquilo que se chamou o Inverno da IA, um momento em que se pensava que não haveria mais nada para descobrir nessa área” e que em 2016, o chatbot da Microsoft, Tay, tornou-se ofensivo porque começou a aprender com os bots no Twitter.
“É impressionante o que está a acontecer não só com o ChatGPT mas também com outras tecnologias semelhantes sendo que a regulação está a tentar ir atrás. O ChatGPT conseguiu atingir 1 milhão de utilizadores em cinco dias (a título de exemplo, a Netflix fez o mesmo em mais de 40 meses). A IA chegou a pessoas que estariam muito longe deste tema”, finalizou o managing partner da Wiimer.
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