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CGD entre os três melhores bancos da Europa no Teste de Stress da EBA

A Caixa obteve o melhor desempenho entre os bancos portugueses, conseguindo também apresentar o rácio de capital Tier 1 mais elevado de todo o sistema financeiro da Península Ibérica e foi mesmo o 3º grupo bancário com menor redução de capital entre os 70 bancos incluídos no teste de esforço da EBA (57 da Zona Euro).
CGD
O diretor executivo da Caixa Geral de Depósitos, Paulo Macedo (D) na apresentação dos resultados do 1.º semestre de 2023 da Caixa Geral de Depósitos, esta tarde na sede da mesma em Lisboa, 21 de julho de 2023. MIGUEL A. LOPES / LUSA
28 Julho 2023, 19h07

A Caixa Geral de Depósitos obteve o terceiro melhor resultado entre os 70 bancos europeus analisados no teste de esforço (Stress Test) de 2023, realizado pela Autoridade Bancária Europeia (EBA), o Banco Central Europeu (BCE) e o Comité Europeu do Risco Sistémico (ESRB), ao setor financeiro da União Europeia.

Mesmo perante o cenário adverso do teste de esforço definido pelo BCE/ESRB, que cobre um horizonte temporal de três anos (2023-2025), impulsionado pelo agravamento das tensões geopolíticas e associado a uma queda severa do PIB, inflação persistente e taxas de juro elevadas, a Caixa apresentou um elevado nível de robustez.

“Da aplicação do cenário adverso resultou um rácio de capital Tier 1 de 17,97% no final do ano de 2023, uma redução de 76 p.b. em comparação com o ponto de partida de 18,73%, referente ao final de 2022. A redução do rácio registada neste exercício compara favoravelmente com a deterioração de 288 e 497 p.b. apresentada nos exercícios 2021 e 2018, respetivamente”, diz o banco.

A Caixa revela que obteve o melhor desempenho entre os bancos portugueses, conseguindo também apresentar o rácio de capital Tier 1 mais elevado de todo o sistema financeiro da Península Ibérica.

Foi mesmo o grupo bancário com menor redução de capital entre os supervisionados pelo Banco Central Europeu e o terceiro melhor entre os 70 bancos incluídos no teste de esforço da EBA (57 da Zona Euro), os maiores grupos do setor que, no seu conjunto, representam 75% dos ativos bancários ao nível da União Europeia.

Para Paulo Macedo, Presidente da Comissão Executiva da Caixa, “o resultado do esforço que tem sido feito na Caixa, designadamente em termos de solidez, rentabilidade, qualidade dos ativos, risco, governance e cultura, deixa-a preparada para enfrentar os próximos anos com confiança, o que é fundamental num período tão volátil como o que vivemos em termos geoestratégicos, fruto da continuação da guerra e das suas consequências no espaço europeu e das crescentes tensões entre os Estados Unidos da América e a China”.

“Os diferentes resultados positivos que a Caixa consegue apresentar atualmente são fundamentais para assegurar um futuro relevante para a Caixa, como instituição pública numa economia aberta, mas também para continuar a contribuir para o desenvolvimento do País”, acrescenta o CEO.

Com este resultado, “a Caixa demonstra uma vez mais o progresso em termos prudenciais, mas especialmente em termos financeiros, o que lhe tem permitido estar na linha da frente da proteção às empresas e famílias, numa altura de rápida subida das taxas de juro, tal como já o tinha feito no período marcado pela pandemia de Covid-19”, segundo o comunicado da CGD.

“O teste da EBA vem sublinhar que a Caixa, fruto dos resultados que tem vindo a apresentar nos últimos anos, está hoje mais preparada para enfrentar condições adversas e, ainda assim, continuar a dar o seu contributo para a economia portuguesa”, destaca ainda o banco.

O banco público diz ainda no comunicado que no cenário mais adverso consegue igualmente prosseguir com a devolução do investimento recebido em 2017. “Num cenário adverso, a Caixa ficaria ainda com um nível de capital robusto, comparando favoravelmente com os grandes bancos europeus, o que lhe permite manter o objetivo de, após já ter reembolsado a totalidade do capital aos investidores privados, devolver a totalidade do valor investido pelo Estado Português até 2025”, conclui.

A Autoridade Bancária Europeia (EBA) publicou esta sexta-feira os resultados do teste de esforço a nível da UE para 2023, que envolveu 70 bancos de 16 países da UE e do Espaço Económico Europeu (EEE), representando cerca de 75% do total de activos dos bancos da UE. O exercício foi coordenado pela EBA e realizado em cooperação com o Banco Central Europeu (BCE), o Comité Europeu do Risco Sistémico (CERS), a Comissão Europeia (CE) e as autoridades competentes de todas as jurisdições nacionais relevantes.

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