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FNAM defende acordo global que garanta um aumento salarial para todos os médicos

A FNAM, que considera a proposta de aumento salarial do Governo “um insulto”, diz que não vai “abrir mão do que exigimos para os médicos hospitalares, os médicos-internos ou os médicos de saúde pública”.
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2 – Médicos de família e de clínica geral
9 Agosto 2023, 11h54

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) defendeu, esta quarta-feira, um acordo global que garanta um aumento salarial para todos os médicos.

Em comunicado, a FNAM diz que não vai “abrir mão do que exigimos para os médicos hospitalares, os médicos-internos ou os médicos de saúde pública, a troco do que exigimos para quem está nas Unidades de Saúde Familiar”.

“Não aceitamos olhar para o SNS e para a carreira médica com o olhar de licitador, onde as condições oferecidas a uns são entendidas como moeda de troca para manter os demais sem nada ou, até, com piores condições do que aquelas que tinham à partida para as negociações”, aponta a federação.

No comunicado, a FNAM cita um estudo do economista Eugénio Rosa que indica que “em Portugal ganham menos 44,4% que os médicos espanhóis, menos 71,3% que os médicos alemães e menos 50% face à média europeia”.

“Através do seu estudo, que se baseia em dados da OCDE, concluímos que entre 2010 e 2022 a remuneração mensal dos médicos foi reduzida em cerca de 1000 euros de valor bruto. Trata-se da maior perda salarial nesse período em toda a Europa”, sublinha a federação.

Quanto à sugestão do Governo de aumento salarial de 1,6%, a FNAM refere-se à proposta como sendo um “insulto”. “A falta de vontade e inoperância do Sr. Ministro da Saúde em resolver o problema laboral dos médicos tem sido o principal obstáculo, para que se chegue a um bom acordo para o SNS, sem perda de direitos para os médicos e doentes”, destaca.

Assim, a FNAM pede “um acordo capaz de integrar as várias propostas da FNAM que defendem condições de trabalho dignas, salários justos para todos os médicos, um regime de dedicação exclusiva, opcional e devidamente majorada, e que volte a integrar os médicos internos, que são um terço da nossa força de trabalho, na carreira médica”.

 

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