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Pressão nos médicos internos vai levar à “destruição do SNS”, acusa FNAM

De acordo com a Federação Nacional dos Médicos, são colocadas demasiadas responsabilidades nos ombros dos médicos internos, com salários e condições de trabalho insuficientes. Uma situação que vai resultar na rutura do SNS.
grávidas SNS24
24 Agosto 2023, 11h58

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) não tem dúvidas de que o Ministério da Saúde vai ser o “responsável pela destruição do internato médico e do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”. Isto porque os médicos internos trabalham cinco anos sob condições difíceis e com demasiadas responsabilidades, acabando por procurar oportunidades de trabalho no privado ou no estrangeiro.

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Num comunicado divulgado esta quinta-feira, o organismo faz referência ao panorama “cada vez mais difícil” que se apresenta aos médicos internos nos cinco anos que se seguem aos seis de formação académica.

Em causa estão os “vencimentos baixos e as más condições de trabalho”, assim como a responsabilidade que lhes é atribuída estar “bem acima do que deveria ser exigido para quem está em formação”, sublinha a FNAM. A mesma federação recorda que não é reconhecido aos médicos internos o primeiro grau de carreira médica.

O organismo reitera que aqueles médicos “trabalham muitas horas não remuneradas” e, simultaneamente, deles dependem, em larga escala, os serviços de urgência. Neste contexto, já que muitos que terminam os cinco anos de serviço procuram a mudança para o sector privado ou para um país estrangeiro, a FNAM alerta para o SNS estar neste momento a caminho da rotura.

O mesmo organismo apela à integração dos médicos internos no primeiro grau da carreira médica. Uma medida que visa a promoção de melhorias salariais, com cumprimento dos horários e melhores condições de trabalho.

De relembrar que os médicos internos estão em greve ao dia de hoje, tal como ontem, para exigir melhores condições de trabalho e aumento de salários.

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