Um sentimento de cautela. É desta forma que o mercado de ações dos Estados Unidos se encontra em relação à economia à medida que o ano de 2023 se aproxima do seu último trimestre e promove uma abordagem mais defensiva entre os investidores, de acordo com o “Insider”.
Este sentimento de cautela contrasta com o primeiro semestre, quando os investidores aplaudiram a ascensão da inteligência artificial, e o que esta tecnologia poderá significar para a produtividade e os lucros das empresas.
Entre os especialistas que adoptam uma abordagem de investimento mais cautelosa estão os bancos de Wall Street, nomeadamente o JPMorgan e o Bank of America.
“Os lucros dos EUA estão a contrair-se e as expectativas consensuais para o próximo ano parecem demasiado optimistas, dado um ciclo económico envelhecido com uma política monetária muito restritiva, um aumento do custo do capital, uma política fiscal muito flexível, uma erosão das poupanças dos consumidores e da liquidez das famílias, e um risco elevado de uma recessão”, escreveram os responsáveis do JP Morgan numa recente nota.
Já o Bank of America defende que ultimamente, os investidores têm respondido positivamente aos dados que sugerem que a economia está a enfraquecer. No centro desta dinâmica de “más notícias são boas notícias” está a crença de que “um abrandamento da economia levará ao arrefecimento da inflação, que terá pela frente uma política mais fácil do banco central e taxas de juros mais baixas. Essa tendência não durará para sempre”.
Por sua vez, John Hussman, conhecido por ter uma visão pessimista do mercado e que previu as quebras de 2000 e 2008, também alerta recentemente para os problemas futuros para as ações, instando num “apertar dos cintos”.
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