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Baixar o spread do crédito habitação em 4 etapas

Talvez ainda não saiba, mas pode renegociar o spread com o banco. Descubra aqui as dicas do ComparaJá para baixar o spread do seu crédito habitação.
19 Setembro 2023, 16h05

O spread é uma percentagem que em muito varia consoante o nível de risco de cada cliente e, como tal, pode ser negociável. Descubra, neste artigo realizado pelo ComparaJá, algumas dicas que podem ajudar a baixar o spread do crédito habitação.

Baixar o spread em 4 etapas:

Com os bancos a concorrerem ferozmente com campanhas apelativas é importante ter cuidado e lembrar-se da velha máxima: não há almoços grátis. Um spread reduzido não vem sem contrapartidas e pode não compensar.

Existe sempre a possibilidade de se transferir o empréstimo para outra instituição ou mesmo negociar o spread que se tem com a atual. Mesmo para quem já tem um crédito habitação, é útil saber como baixar esta taxa e ficar a par dos valores que estão a ser praticados atualmente pelo mercado.

Siga as etapas abaixo para ter a certeza de que faz a melhor escolha.

1. Negociar para baixar o spread é imperativo

Se perceber que o seu spread se encontra neste momento acima de 1,4%, é a altura ideal para se deslocar ao banco e falar com o seu gestor de conta, propondo-lhe baixar o spread. Quanto melhor for a sua relação com o banco, mais vantajoso será para si. Um cliente antigo e com um bom historial de crédito tem maior poder de negociação.

Por conseguinte, é essencial comparar outras ofertas do mercado, simular e analisar alternativas. Assim, quando se deslocar ao banco, poderá mostrar o quão informado se encontra acerca do assunto e da concorrência, e poupar umas belas dezenas de euros.

2. Estar disposto a subscrever outros produtos do banco

As práticas de cross-selling são comuns nas instituições bancárias: para baixar o spread, é normal que o banco peça ao cliente que subscreva outros produtos financeiros, tais como cartões de crédito ou seguros, ou até que domicilie o seu ordenado.

Isto é algo que até pode beneficiar o consumidor que, assim, para além de baixar o spread, ainda estreita a sua relação com o banco. No entanto, é fundamental comparar os custos destes outros produtos pois, se os encargos anuais com outros produtos forem superiores à diminuição do spread, pode não compensar.

Como comparar as despesas associadas a estes produtos? É simples e é através da TAEG (Taxa Anual de Encargos Efetiva Global), que representa o custo total do empréstimo.

3. É possível mudar de banco?

Sim. Se encontrar uma proposta com melhores condições noutra instituição, basta proceder à renegociação ou à transferência do crédito à habitação em qualquer momento do contrato.

É necessário apenas avisar o banco com uma antecedência de 10 dias úteis. Mas atenção: esta transferência não é feita sem custos para o consumidor. Se quiser proceder desta forma, de acordo com o artigo 23º do Decreto-Lei nº 74-A/2017, terá de pagar uma comissão à instituição credora, sendo que essa não pode:

  • Exceder 0,5% do capital que é reembolsado para os contratos com taxa variável;
  • 2% no caso dos de taxa fixa.

Se for para reduzir a sua prestação, por exemplo, em 50 euros, se calhar é melhor pensar bem antes de pagar uma comissão elevada. É uma questão de fazer as contas.

4. No início do empréstimo, dê a maior entrada que conseguir

Quanto maior for a entrada inicial do imóvel, menor será o financiamento que o banco tem de lhe conceder e, consequentemente, menor será o spread. Desta forma, é possível baixar o spread logo no início da contratação se tiver possibilidade de dar mais capitais próprios para a compra da casa.

No entanto, e para concluir, note que, mesmo que um determinado banco publicite um spread mínimo muito apelativo, não é garantido que consiga esse valor no seu contrato, uma vez que esta taxa se encontra sujeita a uma avaliação das características do cliente, do montante do financiamento e do rácio LTV.

Vale a pena tentar baixar o spread do crédito habitação hoje?

“Antes de fazer qualquer mudança, é imperativo perceber-se que o spread não é tudo”, reforça Bruno Garcia, Partnerships Team Manager do ComparaJá. “Tal como é recomendado pelo Banco de Portugal, para propostas de crédito com o mesmo montante, prazo e modalidade de reembolso, a TAEG ajudará a perceber qual a proposta mais vantajosa para o cliente, pelo que será um indicador mais fiável na hora de tomar uma decisão.”

“Atualmente, estando a Euribor a 3, 6 e 12 meses, em valores perto ou superiores a 4%, fixar a taxa poderá ser uma opção mais vantajosa tanto a nível de prestação como de segurança. Contudo, caso a opção seja permanecer com taxa variável e o seu spread actual é superior a 1%, irá facilmente encontrar soluções com spreads inferiores no seu banco ou noutras instituições bancárias”, conclui.

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