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O maior edifício logístico do país está a nascer em Castanheira do Ribatejo

A Montepino investe mais de 120 milhões de euros em Plataforma Logística que prevê a criação de cerca de 400 postos de trabalho. Projeto vai albergar o centro logístico da Leroy Merlin.
Representantes da Valfondo e da Montepino, do Bankinter Investment e autoridades do Município de Castanheira do Ribatejo
Representantes da Valfondo e da Montepino, do Bankinter Investment e autoridades do Município de Castanheira do Ribatejo
29 Setembro 2023, 07h34

Na passada sexta-feira, 22 de setembro, o JE Lab acompanhou a apresentação da nova Plataforma Logística de Castanheira do Ribatejo que está a ser construída nesta freguesia e que representa um investimento de 120 milhões pela Montepino, sociedade especializada no sector imobiliário para a logística e líder do sector na Península Ibérica.

O investimento está em linha com a estratégia da Montepino, que atualmente concentra a sua carteira de clientes na zona centro de Espanha, e pretende impulsionar a sua diversificação geográfica e aumentar a sua presença em áreas estratégicas que representam grandes oportunidades, como é o caso da Castanheira do Ribatejo.

“Desde que criámos a Montepino, sempre a entendemos como uma plataforma global para toda a Península Ibérica”, explica Juan José Vera, Diretor Geral da Valfondo Investment Management e Conselheiro da Montepino, ao JE Lab. “Quando descobrimos o projeto de Castanheira do Ribatejo, há cerca de ano e meio, vimos que era um projeto que encaixava perfeitamente no que pretendemos: grande, na melhor localização possível, com um grande cliente, e no qual podemos aportar todo o nosso conhecimento”.

A plataforma, com cerca de 423.000 m2 de área urbanizada e 147.000 m2 de área bruta em construção, terá como ocupante do primeiro lote o Centro de Logística da Leroy Merlin, que prevê, com a entrada em funcionamento da plataforma logística, a criação de cerca de 400 postos de trabalho, aumentando a oferta de emprego e contribuindo para a economia local.

José Miranda, Diretor de Supply Chain da Leroy Merlin, afirmou que “este é um momento aguardado, e a primeira pedra num projeto que irá mudar a Leroy Merlin”, explicando que este centro logístico vem dar resposta às necessidades atuais da empresa, permitindo à marca concentrar as suas operações e os seus trabalhadores num local, criar mais eficiência e produtividade nas operações, estar mais perto dos seus clientes e serem mais sustentáveis.

O KM Zero da logística

Uma das características que marcam este projeto, além da sua dimensão, é a localização estratégica da nova Plataforma Logística. Localizada no cruzamento da autoestrada A1 (Lisboa – Porto), com a A10 (que que liga o Ribatejo ao Sul do país e a Espanha) – o chamado “Quilómetro Zero” da logística de distribuição em Portugal. Esta zona aglutina cerca de 80% do parque logístico de Portugal, estando 5 minutos de duas estações de comboio, a 25 minutos do Aeroporto de Lisboa e a 35 minutos do centro de Lisboa.

Além disso, para benefício de empresas e trabalhadores, o projeto irá integrar todos os serviços num só local: armazéns logísticos com escritórios integrados de apoio à atividade, zonas sociais compostas por vestiários, refeitórios, bares e escritórios, instalações sanitárias, mais de 500 lugares de estacionamento para ligeiros, estacionamento e espaço para veículos pesados e equipamentos e infraestruturas de apoio.

“Será um edifício moderno, um edifício de 2023”, explica Juan José Vera, “o que significa que quem estiver a trabalhar aqui estará a trabalhar com os standards mais altos de qualidade de um escritório no centro de Lisboa. Será um edifício moderno, sustentável, com baixo consumo e redução das emissões de carbono – que cumpre os requisitos de ESG de uma empresa moderna”, remata.

A própria Montepino, promotora do projeto, estará presente no complexo, com modernos escritórios. São escritórios muito bem isolados, com design biofílico de interiores (uma forma inovadora de criar ambientes naturais), que incluem espaços amplos com divisórias de vidro e controlo da qualidade do ar através do sistema de ventilação.

A estrutura dos escritórios é de madeira, o material que tem um índice de durabilidade mais elevado e permite que as estruturas possam ser realocadas a qualquer momento. Os espaços são autossuficientes ao nível energético e dispõem de um potente sistema fotovoltaico com baterias de 20 KW capazes de produzir e armazenar energia elétrica para utilização nos escritórios nos muitos dias de sol de Lisboa.

Inovação e sustentabilidade

Um dos grandes fatores de melhoria neste projeto é a planimetria do pavimento – de classe FM1 – o que significa que o chão será extremamente plano, algo, por norma, difícil de executar em zonas ribeirinhas e bacia hidrográficas, devido às características do terreno. Atingir este nível elevado de planimetria permitirá à Leroy Merlin a automatizar e robotizar os seus processos logísticos. Para isso, é necessário que os espaços e a planimetria sejam exatos, para evitar erros e garantir que os robots podem funcionar com segurança e rapidez.

Em simultâneo com a inovação, o projeto comtempla também a sustentabilidade e uma integração natural na zona em que se insere. O projeto prevê por isso a criação de zonas verdes com espécies vegetais adaptadas às condições climáticas locais que vão contribuir para melhorar a qualidade de vida de quem trabalha no complexo e para o equilíbrio ecológico saudável no meio urbano em termos de comodidade climática e proteção contra a erosão do solo, ruído e contaminação do ar (especialmente na captação de CO2). Nas zonas onde há espaço disponível, vão ser plantadas árvores de grande porte, e, junto a vias e acessos pedonais, espécies vegetais pequenas de crescimento rápido. O edifício será delimitado por uma vala e por cortinas arbóreas nos limites do lote, o que reduzirá e dificultará a propagação do ruído para o exterior.

O futuro da logística

O Leroy Merlin será a primeira empresa a instalar-se na nova Plataforma Logística de Castanheira do Ribatejo, ainda em 2024, mas fica em aberto se outras duas empresas, de menor dimensão, se irão juntar nesta plataforma e que sinergias se poderão criar no local. Apesar de já em conversações com várias empresas, Juan José Vera assegurou que o foco está “em fazer bem” e entregar este projeto chave-na-mão à Leroy Merlin, que permitirá à grande marca de bricolage inovar nos seus processos e tornar-se mais eficiente, bem como afirmar a presença da Montepino em Portugal e na região.

“Nós não viemos para rentabilizar um projeto e sair. Viemos para Portugal para crescer, ajudar os nossos clientes a crescer, a longo-prazo e em permanência, e fazer parte da comunidade de Castanheira do Ribatejo. Queremos que as pessoas da região tenham orgulho em trabalhar aqui.”

Marina Tiago, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, presente também no evento de apresentação, mostrou a satisfação do executivo com aquele que foi “o maior investimento em logística de 2022”, e concluiu que “este investimento mostra a vitalidade da região, a atratividade do concelho e que Vila Franca de Xira é mesmo a porta de entrada de Lisboa”.

 

A Montepino é uma sociedade especializada no sector imobiliário de referência da Península Ibérica. A empresa detém 48 ativos logísticos com uma área bruta locável de 1,9 milhões de metros quadrados e um valor de 1.228 milhões de euros. A Montepino é dirigida pela Valfondo Investment Management, uma sociedade gestora de investimentos imobiliários que se dedica ao desenvolvimento, comercialização e gestão de ativos imobiliários. Os gestores da Valfondo têm mais de 20 anos de experiência no sector logístico espanhol. A empresa geriu investimentos de 1,2 mil milhões de euros e gerou um retorno para os seus acionistas de mais de 30%.

 

Este conteúdo patrocinado foi produzido em colaboração com a Valfondo.

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