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Biden vai cortar o acesso da China a chips da Nvidia e vai expandir as restrições a mais países

As regras, descritas por altos funcionários do governo, restringem uma gama mais ampla de chips avançados e ferramentas de fabricação de chips a um número maior de países, incluindo o Irão e a Rússia, e colocam na lista negra os designers de chips chineses More Thread e a Biren Technology.
17 Outubro 2023, 16h30

O governo e Biden afirmou, esta terça-feira, que planeia interromper os envios de chips de inteligência artificial (IA) mais avançados projetados pela Nvidia e outros para a China. Segundo a ‘Reuters’ esta decisão faz parte de um conjunto de medidas que visa impedir Pequim de obter tecnologias de ponta dos Estados Unidos para fortalecer as suas forças armadas.

As regras, descritas por altos funcionários do governo, restringem uma gama mais ampla de chips avançados e ferramentas de fabricação de chips a um número maior de países, incluindo o Irão e a Rússia, e colocam na lista negra os designers de chips chineses More Thread e a Biren Technology.

As novas medidas têm o objetivo de dificultar o desenvolvimento militar da China, colmatando lacunas nos regulamentos que foram divulgados em outubro do ano passado, e que provavelmente vão ser atualizados “pelo menos anualmente”, de acordo com a informação dada por uma secretária do departamento do Comércio americano.

O objetivo é limitar o acesso da China a “semicondutores avançados que possam alimentar avanços em IA e computadores sofisticados que são críticos para aplicações militares chinesas”, afirmou a secretária Gina Raimondo, sublinhando que a administração não procura prejudicar economicamente Pequim.

Os Estados Unidos e a China estão envolvidos numa guerra tecnológica que já dura há anos, mas as restrições abrangentes impostas em outubro do ano passado aumentaram ainda mais as tensões entre as duas superpotências.

Em comunicado a Nvidia afirmou que cumpre os regulamentos e que não espera “um impacto significativo no curto prazo dos nossos resultados financeiros”. A empresa, que viu as suas ações a caírem 7%, fabricou chips como o A800 e H800 que seguiram a linha das regras anteriores para continuar a vender para a China, e a AMD, também impactada pelas novas regras, afirmou que planeia ter uma estratégia semelhante.

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