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Fundação Santander Portugal associa-se à Code.org para alargar ensino gratuito de programação

“Sendo uma plataforma aberta e gratuita, a Code.org está a contribuir para reparar o elevador social, proporcionando o acesso a todos e contribuindo para uma sociedade mais inclusiva. A programação deve tornar-se cada vez mais numa linguagem que se aprende desde muito cedo, tal como outras línguas essenciais. No futuro, todos vamos precisar de saber ‘falar’ a linguagem da programação”, adianta Inês Oom de Sousa.
Cristina Bernardo
6 Novembro 2023, 19h19

A Fundação Santander Portugal associa-se ao movimento internacional Code.org porque quer alargar o ensino da programação a crianças e professores em Portugal, “potenciando e marcando a diferença no modelo educativo tradicional”, anuncia a instituição liderada por Inês Oom de Sousa.

Em causa está a finalidade de alargar o ensino gratuito de programação a professores e crianças em Portugal. Com o arranque desta parceria e porque os professores têm de ser protagonistas neste processo, vão ser disponibilizadas 200 bolsas de formação específica para que cada professor, independentemente da disciplina, possa aprender noções básicas de programação e aplicá-las nas salas de aulas. Todos os professores, da pré-primária ao ensino secundário, podem inscrever-se de imediato

“Um dos principais objetivos é preparar as crianças e os jovens para as profissões do futuro, sendo ensinados a programar, tal como aprendem qualquer outra disciplina, como a matemática ou a biologia”, avança a fundação.

O último relatório de 2023 do Fórum Económico Mundial, realça que dos atuais 673 milhões postos de trabalho serão eliminados 83 milhões, enquanto outros 69 milhões vão ser criados. E adianta que as profissões mais procuradas no futuro e que vão crescer 30%, em média, até 2027, vão desde analistas e cientistas de dados, a especialistas em big data, em Inteligência Artificial e profissionais de segurança cibernética.

Inês Oom de Sousa, presidente da Fundação Santander Portugal, refere no comunicado que “este projeto prossegue a missão e os objetivos assumidos e vem complementar o sistema educativo tradicional, apoiando educadores e alunos, contribuindo para que se tornem mais críticos, empreendedores e preparados para os desafios e as oportunidades do futuro”.

“Sendo uma plataforma aberta e gratuita, a Code.org está a contribuir para reparar o elevador social, proporcionando o acesso a todos e contribuindo para uma sociedade mais inclusiva. A programação deve tornar-se cada vez mais numa linguagem que se aprende desde muito cedo, tal como outras línguas essenciais. No futuro, todos vamos precisar de saber ‘falar’ a linguagem da programação”, adianta.

Esta formação específica acresce aos conteúdos gratuitos disponíveis na plataforma. “É composta por 28 módulos online, que os professores poderão assistir a seu ritmo, e 4 webinars para apoio à implementação de um projeto final em sala de aula. Esta formação é acreditada pela CFANPRI (Centro de Formação da Associação Nacional de Professores de Informática,) com a duração de 50 horas, sendo contabilizada para a formação necessária à progressão de carreira dos professores”, lê-se no comunicado.

A Fundação Santander Portugal anuncia que “vai também agregar um conjunto de parceiros, públicos e privados, tanto de âmbito local como nacional, para aumentar o impacto deste movimento e levar a programação e o pensamento computacional ao maior número de pessoas possível, contribuindo para o objetivo de formar 3.000 professores nos próximos 3 anos e envolver mais 120.000 alunos no programa”.

“Nesse sentido, a Fundação Santander Portugal irá promover a ‘Hora do Código’, uma campanha que consiste na realização de eventos de 1 hora em que as crianças podem contactar pela primeira vez com a programação, através de vídeos, jogos e atividades”, explica a fundação.

A “Hora do Código” é um evento que pode ser tanto de larga escala como realizado em pequenos grupos, em escolas, empresas e outros locais. A Fundação quer multiplicar o número de eventos por todo o país, reunindo diversos parceiros.

Em todo o mundo, esta iniciativa conta já com o apoio de mais de 400 parceiros e 200 mil educadores.

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