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Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte abre auditoria sobre o caso de gémeas tratadas no SNS

Trata-se de um tratamento de quatro milhões de euros feito no Serviço Nacional de Saúde (SNS), sobre o qual recaem suspeitas, denunciou uma reportagem da TVI, de que terá acontecido por “influência do Presidente da República”. 
8 Novembro 2023, 17h46

O Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte anunciou, esta quarta-feira, que deu início a uma auditoria Interna sobre o caso das duas gémeas que, apesar de viverem no Brasil, receberam o medicamento Zolgensma, – um dos mais caros do mundo – para a atrofia muscular espinhal no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

Trata-se de um tratamento de quatro milhões de euros feito no Serviço Nacional de Saúde (SNS) sobre o qual recaem suspeitas, denunciou uma reportagem da TVI, de que terá acontecido por “influência do Presidente da República”. 

“O Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte decidiu dar início a uma auditoria Interna para aferir sobre os procedimentos que foram realizados antes e durante o tratamento para a Atrofia Medular Espinhal administrado a duas gémeas em 2020 e que foi alvo de reportagem na Comunicação Social”, refere a entidade em comunicado de imprensa, que nota que, “até ao término dos procedimentos, o CHULN não fará qualquer comentário adicional sobre o tema”.

No sábado, Marcelo negou ter intercedido junto do Hospital de Santa Maria, ou de qualquer outra entidade, para que as duas crianças recebessem os tratamentos no SNS.

“Disse que não tinha feito isso. Não fiz. Não falei ao primeiro-ministro, não falei à ministra [da Saúde], não falei ao secretário de Estado, não falei ao diretor-geral, não falei à presidente do hospital, nem ao conselho de administração nem aos médicos”, defendeu-se Marcelo, após o seu nome ter sido mencionado na reportagem da TVI.

Na sexta-feira passada, a TVI revelou, numa reportagem, que o hospital de Santa Maria, em Lisboa, tinha aberto “uma auditoria para perceber como é que duas gémeas que vivem no Brasil receberam em Lisboa um tratamento de quatro milhões de euros”, levantando “suspeitas” de que “tenha acontecido por influência do Presidente da República”.

Na segunda-feira, a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde anunciou a abertura de um processo de inspeção sobre o caso.

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