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Chega compreende a decisão de Presidente da República, mas está pronto para eleições

“Nós compreendemos a posição do Presidente da República, mas é bizarro que um Governo novo seja obrigado a governar com o orçamento do PS, mas o Presidente da República também tem razão quando diz que isto podia significar, em teoria, que só teríamos um orçamento lá para junho”, salienta o líder. 
MIGUEL A. LOPES/LUSA
8 Novembro 2023, 17h58

O líder do Chega, André Ventura, afirmou que “o Chega é sensível ao argumento da questão orçamental que está em debate na Assembleia da República, e que eventualmente será importante termos aqui um juízo de ponderação entre a aprovação orçamental ou pelo menos haver um instrumento orçamental e a necessária rapidez que temos de ter para a tomada de posse de um novo Governo”.

André Ventura acredita que  “é neste enquadramento” que está “o pensamento do Presidente da República e que foi também por nós transmitido como a melhor solução”.

“Isto significa que demos duas garantias, dentro deste quadro, isto é que vamos ter dissolução do parlamento e novas eleições. Aceitamos qualquer solução que garanta que temos instrumentos orçamentais para começar o ano, e por outro lado que temos a rapidez suficiente para não deixar o país num marasmo político e de conflitualidade política, que não interessaria a ninguém”, sublinhou o líder do partido.

André Ventura revela que há um ponto importante que todos os partidos deviam ter em conta, “Tendo havido demissão do senhor primeiro-ministro o PS terá de fazer o seu congresso de reeleição, e isso penso que é compreensível por parte de todos os adversários que também lideram partidos políticos, É um processo que se faz em dois dias e, portanto, manifestamos a nossa compreensão para um cenário onde, evidentemente, o PS tem de ter algum tempo para puder escolher o seu sucessor”.

“O líder do Chega partilha a opinião de que se “começa a gerar um consenso mais ou menos alargado para a necessidade de realização de eleições antecipadas, penso que este seja o pensamento de sr. Presidente da República também, e neste quadro penso que se gera um consenso cada vez mais alargado para que esta data vá entre meados de fevereiro início de março. Não é o cenário ideal para o país, mas é um cenário que compreendemos”, conclui o líder do Chega.

O líder do partido fez questão de esclarecer sobre as soluções que se têm desenhando em alguma imprensa, relativamente à “nomeação de um primeiro-ministro interino por parte do PS e que são absolutamente contrárias à nossa lei e à nossa constituição. Não existe em Portugal a figura do primeiro-ministro interino, não existe em Portugal a possibilidade de ir buscar alguém de fora do Governo e de o colocar como primeiro-ministro porque com a exoneração do sr. primeiro-ministro, cai automaticamente o Governo, e por isso não é possível após cair o Governo ir buscar alguém para governar esse Governo”.

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