A Comissão de Trabalhadores (CT) da MEO manifestou, veementemente, este sábado o seu “repúdio” quanto à proposta de aumentos salariais para 2024 apresentada ontem pela Altice Portugal, de 1,5%.
Os representantes dos funcionários da MEO demonstram ainda uma “profunda preocupação com o bem-estar e reconhecimento dos trabalhadores”, aspetos que consideram “cruciais para o sucesso e sustentabilidade a longo prazo da organização” com sede em Picoas.
A proposta, que a CT considera “inadequada e desproporcional”, foi apresentada pela Altice aos seis sindicatos (STPT, SINTTAV, SNTCT, SINDETELCO, SINQUADROS e TENSIQ), naquela que foi a segunda reunião das negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) para próximo ano. No primeiro encontro, não foi apresentada uma contraproposta à sugestão de aumentos em 7,84%.
A CT destaca as “contribuições significativas” dos trabalhadores para os resultados positivos da Altice Portugal, como se demonstrou no terceiro trimestre, em que as receitas da operadora de telecomunicações subiram 9,1%, em termos homólogos, para os 742 milhões de euros.
“A Altice Internacional concluiu as auditorias decorrentes da Operação Picoas, confirmando no seu relatório preliminar que os fornecedores potencialmente implicados representavam aproximadamente menos de 6% das despesas totais da Altice Internacional, com ênfase nas operações em Portugal”, recordou ainda a CT, em comunicado divulgado esta manhã aos meios de comunicação social.
Reiterando o compromisso de diálogo com os sindicatos, a comissão pede ainda à empresa uma revisão da proposta de aumentos salariais para 2024, que represente de maneira “justa e adequada” as mais-valias que os funcionários trazem para o “sucesso” da MEO.
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