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Congresso/PSD: Castro Almeida defende coligação pré-eleitoral para as legislativas

O antigo secretário de Estado, Manuel Castro Almeida, defendeu este sábado que o PSD deve ir a votos em coligação pré-eleitoral, numa aliança que junte independentes de relevo. Durante o seu discurso no 41.º Congresso do PSD, Castro Almeida – que foi vice-presidente do anterior líder Rui Rio, mas abandonou o cargo ao fim de […]
25 Novembro 2023, 18h00

O antigo secretário de Estado, Manuel Castro Almeida, defendeu este sábado que o PSD deve ir a votos em coligação pré-eleitoral, numa aliança que junte independentes de relevo.

Durante o seu discurso no 41.º Congresso do PSD, Castro Almeida – que foi vice-presidente do anterior líder Rui Rio, mas abandonou o cargo ao fim de pouco mais de um ano por divergências internas -, atacou ainda a “imaturidade” de Pedro Nuno Santos, à semelhança do que Luís Montenegro tinha feito no discurso de arranque do conclave.

Sobre a eventualidade de o PSD fazer uma coligação antes das legislativas à direita, apesar de a Iniciativa Liberal (IL) se ter colocado já de fora, Castro Almeida deixou claro: “Precisamos de uma coligação pré-eleitoral a que devemos juntar cidadãos independentes de grande relevo para mostrar ao país como o PSD é um partido abrangente, agregador”.

Castro Almeida pediu ao PSD “particular cuidado na escolha de deputados”, que têm de ter credibilidade, foco em poucas bandeiras eleitorais e ao líder que “seja firme na denúncia de oito anos de desgoverno socialista”.

“Sobretudo, seja firme a denunciar os riscos da imaturidade política: há um ministro que teve de deixar o Governo pela porta dos fundos pela sua imaturidade política e é ele que quer voltar pela porta da frente, quando não merece sequer entrar pela porta do lado”, disse, referindo-se implicitamente a Pedro Nuno Santos. O antigo autarca de São João da Madeira – de onde é natural o candidato à liderança do PS que acabara de atacar – defendeu que a única mudança política nas próximas eleições “é para o centro” e não “da esquerda para a máxima esquerda ou esquerda radical”.

“Os portugueses que acharem que a esquerda socialista está bem, votem no candidato do PS. Os que querem a mudança, só têm um nome, Luís Montenegro, a não ser que se queiram contentar em escolher deputados e ser irrelevante na escolha do primeiro-ministro”, disse.

Miguel Poiares Maduro, ex-ministro de Pedro Passos Coelho, também interveio no conclave, manifestando também que é um defensor de uma coligação pré-eleitoral, mas sem entrar em detalhes. “Era melhor a IL ter aceitado, mas não tendo aceitado o eleitorado vai perceber que a única hipótese de uma governação moderada está no PSD”, disse o ex-governante, que revelou não se imaginar na vida política ativa, mas fez questão de dizer, já em declarações aos jornalistas, que não o exclui. A palavra moderação tem sido, aliás, uma das que tem sido mais proferida no conclave que está este sábado a decorrer em Almada. O PSD leva a narrativa do partido moderado, que está ao centro e pode agregar eleitorado do centro-esquerda e não se desvia dessa narrativa. Não só não se desvia, como tem insistido nela o dia todo.

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