[weglot_switcher]

António Costa: “Chegámos às contas certas e o diabo não veio, não veio e não veio”

António Costa mostrou esta convicção no discurso de abertura do 24º Congresso do Partido Socialista e defendeu ainda que Pedro Nuno Santos vai ser o primeiro primeiro-ministro nascido depois da Revolução de Abril.
5 Janeiro 2024, 20h54

António Costa deu ênfase esta sexta-feira, na abertura do 24º Congresso do Partido Socialista, ao facto do Partido Socialista ter conseguido aumentar salários e pensões, baixar o défice. O primeiro-ministro enalteceu este feito e completou com uma farpa à direita: “Fizemos isto tudo e o diabo não veio, não veio e não veio. Vou partilhar um segredo: a direita não veio porque a direita é o diabo e os portugueses nunca mais os deixaram chegar ao poder.

No início do discurso, o primeiro-ministro não quis deixar de começar por saudar o novo secretário-geral do PS e desejou-lhe “as maiores felicidades pessoais e profissionais”: “Você merece, Pedro Nuno, vamos em frente, ganhar estas eleições”. António Costa reconheceu que o partido “saiu de uma situação traumática mas mobilizou-se e disputou a liderança de forma plural mas aqui está unido em torno da nova liderança”.

“Um partido que demonstra a sua vitalidade e que 50 anos depois de ser criado, passa o testemunho a uma nova geração. O Pedro Nuno vai ser o primeiro primeiro-ministro que nasceu depois da revolução de Abril”, enalteceu.

O ex-secretário-geral do PS considera que esta é “uma nova geração que significa um novo impulso, um novo olhar sobre as questões e fazer com que se prossiga o que tem que se prosseguir e mudar aquilo que houver para mudar”.

“O PS é maior do que a soma de todos nós, é um partido com uma identidade na liberdade e na democracia. Temos uma relação afetiva com os portugueses, somos um ponto de união, nunca faltámos quando foi necessário”, defendeu.

António Costa considera que “podemos ousar, inovar, rasgar novos horizontes. Em 2015, assinámos acordos à esquerda, o mesmo PS que em 1975 combateu a deriva totalitária da revolução de Abril. Criámos um novo padrão de governabilidade e nunca mais os muros voltarão a existir na esquerda portuguesa”.

O ainda primeiro-ministro deixou uma farpa a Marcelo para falar do Presidente da República como um entrave à Regionalização: “Temos um presidente que não nos deixa fazer a Regionalização, há mais liberdade e democracia depois destes oito anos”.

A finalizar, António Costa deixou uma mensagem aos críticos: “Podem-me ter derrubado mas não me derrotaram. Podem-me ter derrubado mas não derrotaram o PS”.
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.