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Operação Marquês: José Sócrates vai ser julgado por três crimes de corrupção

Decisão diz respeito ao recurso relativo ao arquivamento na decisão instrutória de 172 dos 189 crimes que constavam da acusação original do MP, restando apenas 17 crimes, e com a acusação mais grave de corrupção a cair com a decisão do juiz Ivo Rosa.
25 Janeiro 2024, 17h28

O Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) decidiu hoje que José Sócrates será julgado por três crimes de corrupção, num total de 22 crimes, com o Ministério Público a determinar a reposição de parte das acusações no âmbito da Operação Marquês.

No total, o antigo primeiro-ministro irá a julgamento por três crimes de corrupção, 13 de branqueamento e seis de falsificação de documento, de acordo com o acórdão do TRL.

Quanto aos restantes arguidos, Henrique Granadeiro será julgado por cinco crimes, Armando Vara por dois crimes – corrupção e branqueamento de capitais, Sofia Fava por um crime, e Ricardo Salgado por três crimes de corrupção e oito crimes de branqueamento, bem como Zeinal Bava e Hélder Bataglia. A decisão diz respeito ao recurso relativo ao arquivamento na decisão instrutória de 172 dos 189 crimes que constavam da acusação original do MP, restando apenas 17 crimes, e com a acusação mais grave de corrupção a cair com a decisão do juiz Ivo Rosa.

O universo de arguidos – 19 pessoas individuais e nove empresas – ficou reduzido ao ex-primeiro-ministro José Sócrates, ao empresário Carlos Santos Silva, ao ex-ministro Armando Vara, ao antigo banqueiro Ricardo Salgado e ao antigo motorista de Sócrates, João Perna, sendo que estes três últimos já foram entretanto julgados e condenados.

Entre os arguidos ilibados na decisão instrutória de Ivo Rosa encontram-se, por exemplo, os ex-administradores da PT Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, o ex-administrador do Grupo Lena Joaquim Barroca, o antigo presidente da ESCOM Helder Bataglia ou o ex-administrador não executivo dos CTT Rui Horta e Costa.

Em 2017, José Sócrates foi acusado pelo MP de 31 crimes – corrupção passiva, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e fraude fiscal. Contudo, em abril de 2021, na decisão instrutória, o antigo primeiro-ministro foi ilibado pelo juiz Ivo Rosa de 25 dos 31 crimes, pronunciando-o para julgamento por três crimes de branqueamento de capitais e três de falsificação de documentos.

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