Os argumentos usados para a afastar são “mentirosos” e cujo objetivo único é destruir a reputação da ex-CEO, até porque durante todo o processo de reestruturação, ela conseguiu “o melhor resultado de sempre” para a companhia aérea portuguesa e foi a “única e grande responsável pelo processo” que pôs a TAP de pé.
As afirmações são da ex-CEO da transportadora portuguesa, que nesta noite em entrevista à TVI/CNN acusa o governo de Costa de a querer vender como “um monstro”, apesar de durante a sua gestão o acionista Estado e todos os seus representantes – leia-se, o primeiro-ministro mas também os ministros da tutela, Pedro Nuno Santos (Transportes) e Fernando Medina (Finanças) – lhe terem dirigido “apenas elogios dos mais rasgados”.
Christine Ourmières-Widener confirmou de novo que Medina tentou convencê-la a sair pelo próprio pé antes de a despedir em conferência de imprensa, inclusivamente prometendo pagar-lhe os valores contratualmente estabelecidos, mas a ex-CEO recusou por considerar injusto o seu afastamento e entender que a sua imagem não podia ficar manchada – pela reputação profissional mas também frente à família. Razão que também justifica, diz, a indemnização pedida pela forma como o processo foi conduzido, que ascende a 6 milhões de euros.
Questionada sobra a maior lição aprendida em todo este caso, que “se resolverá na justiça”, vincou ainda a ex-CEO, Christine não hesita: “Nunca mais trabalhar numa companhia aérea detida pelo Estado”.
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