Juro médio nos novos depósitos recua pela primeira vez desde setembro de 2022

A taxa de juro média dos novos depósitos de particulares diminuiu pela primeira vez desde setembro de 2022, revelam os dados do Banco de Portugal divulgados esta segunda-feira.

“A taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares diminuiu 0,18 pontos percentuais (pp) em janeiro de 2024, passando de 3,08%, em dezembro de 2023, para 2,90%”, indica o regulador. O montante de novas operações de depósitos a prazo de particulares totalizou 9.588 milhões de euros em janeiro, o que constituiu um aumento de 34 milhões em relação a dezembro de 2023.

De acordo com o Banco de Portugal, a “evolução da taxa de juro média dos novos depósitos foi semelhante para o conjunto dos países da área do euro (de 3,29% para 3,20%). Com a redução observada na remuneração média dos novos depósitos, Portugal desceu uma posição no conjunto de países da área do euro”.

Já a remuneração média dos novos depósitos a prazo de empresas passou de 3,46%, em dezembro de 2023, para 3,42% em janeiro de 2024. As novas operações de depósitos totalizaram 7.558 milhões de euros em janeiro de 2024, mais 22 milhões do que no mês anterior.

Do lado das novas operações de empréstimos aos particulares, o total foi de 2.555 milhões de euros em janeiro de 2024, menos 45 milhões do que em dezembro de 2023.

Por tipo de negociação, o montante de novos contratos de empréstimos a particulares diminuiu 140 milhões de euros em janeiro de 2024, fixando-se em 1787 milhões de euros. Esta redução observou-se nas finalidades de habitação (-141 milhões de euros, para 1185 milhões de euros) e nos outros fins (-46 milhões de euros, para 162 milhões). Já os novos empréstimos ao consumo cresceram 46 milhões de euros, para 440 milhões de euros.

A taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação passou de 4,12%, em dezembro de 2023, para 4,03% em janeiro de 2024. Por tipo de negociação, a taxa de juro média dos novos contratos de crédito à habitação diminuiu 0,18 pontos percentuais, fixando-se em 3,81% em janeiro de 2024. Foi o terceiro mês consecutivo em que se registou uma diminuição desta taxa. A taxa de juro média dos contratos renegociados manteve-se em 4,39%.

Nos empréstimos ao consumo, a taxa média de novas operações fixou-se nos 9,44% em janeiro de 2024, o valor mais alto desde fevereiro de 2014.

Entre as empresas, o montante de novas operações de empréstimos concedidos foi de 1915 milhões de euros, o que representou uma queda de 800 milhões de euros relativamente ao mês anterior. A taxa de juro média das novas operações de empréstimos às empresas diminuiu 0,09 pp (de 5,76%, em dezembro de 2023, para 5,67% em janeiro de 2024).

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