O líder da Aliança Democrática (AD) desviou-se do tema de António Costa poder assumir um cargo europeu, e, segundo a politóloga Patrícia Calca, a falta de uma tomada de posição clara da parte de Luís Montenegro poderá indiciar a existência de negociações entre as duas forças políticas.
“Penso que estrategicamente tem mais que ver com aquilo que serão as negociações para o futuro”, disse, ao Jornal Económico, Patrícia Calca que alargou a sua análise ao terceiro partido mais votado, o Chega, para reforçar a dificuldade quanto a um eventual entendimento de Montenegro com André Ventura.
“Se prestarmos atenção à entrevista de André Ventura à RTP, foi muito clara em relação ao posicionamento do Chega que, basicamente, diz que não quer um acordo parlamentar, quer um acordo de Governo e Montenegro disse que não”, sublinhou. O que temos neste momento, segundo a especialista, “é a oposição do PS”, contudo, acrescenta, “Pedro Nuno Santos mostrou uma certa abertura após a reunião com o Presidente da República”.
Por isso, Patrícia Calca acredita “numa negociação maior de trocas”, ou seja, “o que é que vocês querem que nós vos possibilitemos, sendo que nós também ganhamos algo com isso”, destacou.
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