Os preços das casas registaram um aumento de 8,2% no ano de 2023, o que significou uma descida de 4,4 pontos percentuais (p.p.) em relação a 2022. Já o número de transações observou uma quebra de 18,7%, de acordo com os dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta sexta-feira, 22 de março.
Em relação ao preço das casas, a categorias de habitações existentes apresentou um crescimento de 8,7%, por comparação com as casas novas (6,6%).
No último ano foram transacionadas 136.499 habitações (valor mais baixo de 2017), o que significou um total de 28 milhões de euros (-11,9%).
As transações de habitações novas fixaram-se em 28.119 unidades, 20,6% do total, traduzindo-se no peso relativo mais elevado desde 2015. A redução do número de transações foi mais acentuada no caso das habitações existentes (-21,4%) face às habitações novas (-6,1%).
O valor das transações de alojamentos existentes desceu 16,5% face a 2022, para 20,1 mil milhões de euros. No que respeita às habitações novas, observou-se um aumento de 2,6% no valor das transações, fixando-se em 7,9 mil milhões de euros.
Por regiões, foram transacionadas 39.715 habitações na região Norte, 29,1% do total, mais 0,9 p.p. relativamente a 2022. O Centro, o Oeste e Vale do Tejo e o Alentejo, foram as demais regiões que registaram um incremento, face a 2022, nas respetivas quotas relativas, respetivamente, 1,2 p.p., 0,1 p.p. e 0,1 p.p.
Na Grande Lisboa e na Península de Setúbal transacionaram-se 25.854 e 12.738 casas, respetivamente. Em ambos os casos, observaram-se reduções dos respetivos pesos relativos, de 0,9 p.p. para um total de 18,9%, na Grande Lisboa e de 0,8 p.p. na Península de Setúbal, fixando-se em 9,3%.
A Grande Lisboa totalizou 9,1 mil milhões de euros, concentrando 32,3% do valor das transações de casas transacionadas em 2023. No Norte ascendeu a 6,6 mil milhões de euros, enquanto no Centro atingiu os 2,5 mil milhões de euros, representando 23,7% e 8,9% do total do valor, pela mesma ordem.
O Oeste e Vale do Tejo, com um montante de 1,7 mil milhões de euros (6,2% do total) e a Região Autónoma da Madeira com vendas de 748 milhões de euros (2,7% do total), no Algarve fixou-se nos 3,6 mil milhões de euros, 12,9% do total, menos 0,6 p.p. face a 2022.
Na Península de Setúbal, o valor de 2,6 mil milhões de euros traduziu-se numa redução homóloga da quota regional de 0,6 p.p., para uma percentagem de 9,1%.
O Alentejo, com um valor total de 798 milhões de euros, evidenciou um decréscimo de 0,2 p.p. da sua quota relativa, perfazendo 2,8%. Na Região Autónoma dos Açores, as transações de habitações ascenderam a 351 milhões de euros, o que representa 1,3% do total, a mesma percentagem do ano anterior.
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