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“Tenhamos a humildade de preferir sempre a democracia imperfeita à ditadura”, refere Presidente da República

Durante o discurso, o Presidente recordou os seus primeiros momentos na casa da democracia após a revolução, e aproveitou para contextualizar a revolução de abril feita pelos militares.
Marcelo Rebelo de Sousa
25 Abril 2024, 14h01

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, declarou, na Assembleia da República durante as comemorações dos 50 anos do 25 de abril, que “tenhamos a humildade de preferir sempre a democracia imperfeita à ditadura”.

O seu discurso foi iniciado com um  relembrar de que “50 anos passaram desde que o império acabou”, sublinhando que “o 25 de novembro foi crucial e determinou o rumo da revolução”. O Presidente aproveitou o momento para anunciar que as comemorações de abril vão terminar em 2026.

Durante o discurso, o Presidente recordou os seus primeiros momentos na casa da democracia após a revolução, e aproveitou para contextualizar a revolução de abril feita pelos militares. “Primeiro, porque foi tão tarde o 25 de abril? Porque vários impérios coloniais eram tidos como quasi-eternos. As tentativas militares e civis de abreviar o império falharam todas”.

O Presidente saudou os militares que enfrentaram o regime e que “em um ano se organizaram e decidiram que tinham de ser eles a derrubar o regime, e fizeram-no sem sangue”. Outra das questões levantadas pelo Presidente foi o porque é que o pós 25 de abril foi tão agitado, à qual o Presidente revela que “dentro de qualquer revolução não há uma mas sim várias inúmeras”.

“O 25 de abril implicou o fim de uma ditadura, nenhuma outra revolução ou golpe militar foram comparáveis”, sublinhou o Presidente da República.

Marcelo Rebelo de Sousa homenageou Ramalho Eanes, salientando que foi “fundamental na transição”, e aproveitou para prestar homenagem a três outros “pais da democracia”, Mário Soares, Álvaro Cunhal e Francisco Sá Carneiro.

No final do discurso, e na última pergunta apresentada, o Presidente afirma que “o mundo e Portugal mudaram”, assumindo que “muito parece precisar de um impulso de novas ideias e gerações”.

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