A consensual iniciativa do Estado português no apoio à Ucrânia – que começou com os governos de António Costa e foi herdada sem reservas pelo de Luís Montenegro – consubstancia-se nos materiais e nos montantes em dinheiro “que é possível a Portugal fornecer”, disse o analista Francisco Seixas da Costa. As diferenças não são, por isso, politicamente significativas – na visita desta semana à Europa, o presidente ucraniano, levantou mil milhões de euros em Madrid, 977 milhões em Bruxelas e 126 milhões em Lisboa.
Os analistas referem, ainda em termos da ‘consensualidade’ do tema, que nem sequer a esquerda mais aguerrida – com a exceção do PCP – coloca em causa este apoio. De facto, nem o Bloco de Esquerda tem levantado qualquer questão desalinhada sobre o assunto. Tanto mais que, para além do apoio logístico e financeiro, Portugal tem sabido encontrar forma de acolher de forma considerada exemplar os ucranianos que chegaram a Portugal fugindo da guerra.
A eles se dirigiu Volodymyr Zelensky enquanto esteve no Palácio de São Bento algures entre as seis horas que passou em território nacional, junto a Luís Montenegro. Sem deixar de recordar a “forte comunidade ucraniana” a viver em Portugal, o presidente da Ucrânia agradeceu os esforços de Portugal, “um amigo e parceiro sincero”, no apoio ao país e ao seu povo no processo de integração em território português, onde estão “muito bem e livres”, aludindo ainda às iniciativas militares garantidas por Portugal.
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