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Corredor do Lobito: Lobito Atlantic Railway vai iniciar operação no terminal de minerais em julho

O responsável da  Lobito Atlantic Railway (LAR) falava na conferência Doing Business Angola, que decorre hoje em Lisboa, numa organização conjunta entre o Jornal Económico e a Forbes Portugal e Forbes África Lusófona.
Victor Machado
18 Junho 2024, 15h57

A concessionária da linha ferroviária do Corredor do Lobito, a Lobito Atlantic Railway (LAR), vai iniciar a operação do terminal de minérios do Porto do Lobito no mês de julho, revelou hoje o presidente do conselho de administração da empresa, Francisco Franca.

O responsável da  Lobito Atlantic Railway (LAR) falava na conferência Doing Business Angola, que decorre hoje em Lisboa, numa organização conjunta entre o Jornal Económico e a Forbes Portugal e Forbes África Lusófona.

“O Porto do Lobito tem sete terminais e um deles é o dos minerais. Estava lá desde a reabilitação de 2015 e nunca foi utilizado. A nossa operação nesse terminal arranca no mês de julho”, disse Francisco Franca. A linha em causa liga o Porto do Lobito, em Angola, a Kolwezi (na República Democrática do Congo), ao longo de 1.716 quilómetros, dos quais 1.289 km em território angolano.

A Lobito Atlantic Railways é detida pela Trafigura, uma gigante suíça de comercialização de commodities, a portuguesa Mota-Engil e a belga Vecturis, o terceiro acionista com apenas 1%.

Francisco Franca anunciou ainda que a empresa vai fazer um conjunto de investimentos na linha, que passam pela aquisição de centenas de vagões (mais de 1.500 unidades), locomotivas, reforço e reabilitação de linhas e troços, reforço de pontes metálicas, entre outros. Nos 15 anos da concessão, o investimento da empresa ascenderá a mais de 450 milhões de dólares.

O projecto do Corredor do Lobito, disse o responsável, visa “atingir uma capacidade de exportação de um milhão de toneladas e de importação de um milhão de toneladas nos próximos cinco anos”. Mas até 2040, a expectativa é a de chegar às seis milhões de toneladas de carga.

Recorde-se que a LAR (Lobito Atlantic Railways) é a operadora da carga na linha, enquanto o transporte de passageiros está a cargo da Caminhos de Ferro de Benguela.

A empresa que detém a concessão da linha ferroviária espera ter, no prazo de cinco anos, seis comboios diários a entrar/sair da República Democrática do Congo (RDC).

Francisco Franca salientou o incremento nas operações ferroviárias e portuárias desde que a empresa entrou em operações (janeiro deste ano), sobretudo “com o mesmo material circulante e com o mesmo número de trabalhadores”. Isto num contexto em que o porto do Lobito está “descongestionado”.

“Mas com a entrada em funcionamento dos dois terminais que foram concessionados, isto vai atrair – já está a atrair – por isso já estamos a assistir a um incremento da atividade económica do Porto do Lobito”, disse o responsável da LAR.

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