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Luís Montenegro defende reforço da “diversificação do setor turístico” em Portugal

“Já não somos um país apenas procurado pelo sol e pela praia. Temos lutado contra a sazonalidade do nosso turismo e temos de continuar a tirar partido de todo potencial natural, patrimonial, religioso e de várias atividades económicas do nosso país”, disse o governante.
22 Junho 2024, 07h38

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, considerou hoje que Portugal deve prosseguir uma “estratégia de diversificação do setor turístico”, defendendo, neste âmbito, a “complementaridade entre o setor público e o privado”.

“Já não somos um país apenas procurado pelo sol e pela praia. Temos lutado contra a sazonalidade do nosso turismo e temos de continuar a tirar partido de todo potencial natural, patrimonial, religioso e de várias atividades económicas do nosso país”, disse o governante.

Luís Montenegro partilhou esta ideia num discurso proferido na inauguração de uma hotel em Vila do Conde, distrito do Porto, que resultou na conversão do antigo mosteiro de Santa Clara numa unidade de cinco estrelas, através de um investimento de 19 milhões de euros, ao abrigo do programa Revive, desenhado para valorizar e recuperar o património do Estado sem uso.

“Este processo só foi possível pela interação e pela complementaridade entre o setor público e o privado. Este é um edifício com património histórico, mas que o Estado, por si só, não era capaz de preservar e valorizar. O facto de ter havido um confluência e diligências entre entidades públicas e privadas, resultou num investimento ousado e arriscado, mas que vai dar visibilidade económica a Vila do Conde e ao Norte de Portugal”, acrescentou o primeiro-ministro.

O governante disse ser “muito reconfortante olhar para ano de 2023, com 30 milhões de hóspedes em Portugal, 70 milhões de dormidas, 23 mil milhões de euros de atividade e receita gerada pelo Turismo”, insistindo que unidade inaugurada em Vila do Conde Este “incorpora a estratégia que o governo tem para o turismo em Portugal”.

“O país tem ainda muito potencial para ser aproveitado, assim tenhamos esta capacidade de arriscar de juntar e agregar. É importante preservar a nossa história e dinamizar a nossa cultura. Este espaço reflete isso, é importante termos ofertas económicas que gerem sinergias que todos tirem proveito do produto desse investimento” concluiu.

A ideia foi reforçada pelo presidente da Câmara de Vila do Conde, lembrando que Mosteiro de Santa Clara, agora convertido em hotel, é fruto “recuperação notável, trabalhado entre o poder local, central, e investidores privados”.

“Foi uma aposta corajosa, em que o êxito deste projeto será o êxito de Vila do Conde e do país. Num dos ex-líbris do nosso concelho, temos agora um hotel com um investimento de quase 20 milhões de euros, que vai criar mais de uma centena e postos de trabalho e que vai reforçar tendência crescente e visitantes em Vila do Conde”, disse Vítor Costa, eleito pelas lista do PS.

Esta unidade, apelidada Lince Hotel Santa Clara, é um projeto levado a cabo pelo Grupo Arliz, que em 2018 ganhou a concessão do espaço, por um período de 50 anos, revitalizando um edifício com mais de 700 anos de história.

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