A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) afirma que os médicos foram “empurrados” para a greve, perante a “intransigência do Ministério da Saúde em aceitar negociar soluções que sejam verdadeiramente capazes de atrair médicos para o SNS”. Assim, o sindicato mantém os pré-avisos de greve para os dias 23 e 24 de julho e de greve ao trabalho suplementar nos cuidados de saúde primários até 31 de agosto.
Depois do sindicato dos médicos ter aceite todos os temas que o Ministério propôs no protocolo negocial, a tutela recusou integrar as soluções que a FNAM apresentou, e iniciar a negociação das grelhas salariais, adiando-a para 2025.
O Ministério também não negociou sobre a revisão do período normal de trabalho semanal, que tem o objetivo de repor as 35 horas, nem discutiram a reintegração do internato na carreira médica.
O sindicato refere que, em vez de negociar, a ministra da Saúde publicou dois decretos-lei, que não obtiveram o acordo da FNAM. O primeiro decreto atrasou o recrutamento de recém-especialistas para o SNS, e o segundo alterou a forma de pagamento ao trabalho suplementar para além dos limites legais.
A FNAM revela que faz esta greve como “um grito de alerta a Ana Paula Martins, a quem exigimos respeito, o início de uma negociação séria, competente e sem negociatas obscuras, para chegar a soluções que, com celeridade, consigam verdadeiramente atrair mais médicos para o SNS, a bem da saúde da população em Portugal”.
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