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Ações da Ryanair a cair 12,2% após divulgação de resultados com quebra nos lucros

A empresa liderada por Michael O’Leary registou uma queda de 46% nos lucros do trimestre (abril, maio e junho) e antevê uma descida maior do que o esperado nas tarifas que vai cobrar nos meses de verão.
22 Julho 2024, 10h05

As ações da companhia aérea irlandesa Ryanair estavam em queda na manhã de hoje na sequência dos resultados apresentados antes da abertura do mercado, nos quais a empresa liderada por Michael O’Leary regista uma queda de 46% nos lucros do trimestre (abril, maio e junho) e antevê uma descida maior do que o esperado nas tarifas que vai cobrar nos meses de verão.

Cerca das 9:00 (hora em Lisboa e Londres), as ações da Ryanair estavam a cair 12,2%. A companhia de aviação low-cost registou lucros de 360 milhões de euros naquele que é o seu primeiro trimestre (abril, maio e junho), cerca de 46% abaixo dos 663 milhões euros obtidos no mesmo período do ano passado.

A justificar este resultado, explicou a Ryanair, estão as tarifas previstas para este verão (que ficarão abaixo do inicialmente estimado) e no facto de o período da Páscoa (que tradicionalmente faz aumentar o tráfego) ter calhado no trimestre anterior. Isto apesar de a companhia ter aumentado em 10% o tráfego de passageiros nos três meses em análise, para 55,5 milhões de passageiros. 

No entanto, para este verão a Ryanair prevê a maior operação de sempre, com 200 novas rotas e cinco novas bases. Ainda assim, o CEO do grupo Ryanair, Michael O’Leary, afirmou em comunicado que as tarifas deverão ser mais baixas do que o estimado nos meses de verão (habitualmente os mais fortes para as companhias).

O’Leary acrescentou que é ainda demasiado prematuro para fazer previsões sobre como vai correr o resto do ano financeiro da companhia.

“Tal como é normal nesta altura do ano, temos uma visibilidade de quase zero para o Q3 (terceiro trimestre) e o Q4 (quarto trimestre), ainda que o Q4 não vá beneficiar do mesmo efeito da Páscoa do ano passado, que foi mais cedo. É muito cedo para avançar linhas de análises do que será o FY25 (o ano de 2025 como um todo), mas te os esperança de que o possamos fazer nos resultados do primeiro semestre, em novembro”, salientou.

Além da Ryanair, também outros companhias registaram quedas nas bolsas, caso da Easyjet, que caiu 6%, enquanto a Jet2 desceu 4% e a companhia húngara WizzAir deslizou igualmente 6%.

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